Intervenção do Banco Central marca o fim de uma era com a falência do banco popular número um do Brasil após 161 anos de história
Após 161 anos de história, famoso banco líder entre as instituições financeiras brasileiras, encerra suas atividades em meio a uma crise econômica que abalou o setor bancário.
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A intervenção do Banco Central, desencadeada pela instabilidade financeira da instituição, marcou o fim de uma era de confiança e presença no mercado.
O TV Foco, a partir do seu time de especialistas em finanças e das informações do Wikipédia, detalha agora o triste fim do Banco Econômico.
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Banco Econômico
Fundado em 13 de julho de 1834, em Salvador, o Banco Econômico iniciou suas atividades como Caixa Econômica da Bahia, consolidando-se como o banco privado mais antigo do Brasil.
Ao longo de sua trajetória, a instituição passou por diversas transformações, incluindo mudanças de nome e incorporações, como a do Banco Meridional em 1968.
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Sob a liderança de Ângelo Calmon de Sá, a partir da década de 1970, o banco buscou expandir suas operações e influência no mercado financeiro nacional.
Crescimento
Nos anos 1970, o Banco Econômico tentou adquirir o Banco da Bahia, movimento que, se bem-sucedido, o posicionaria entre os maiores bancos do país.
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No entanto, a tentativa foi frustrada quando o Banco da Bahia foi vendido ao Bradesco, deixando o Econômico com recursos imobilizados e afetando sua liquidez.
Banco Central
A partir de 1989, o Banco Central do Brasil identificou sinais de gestão temerária no Banco Econômico, incluindo empréstimos irregulares e falta de transparência.
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Relatórios subsequentes recomendaram intervenção, mas ações efetivas foram adiadas devido à influência política de Calmon de Sá.
Com o Plano Real em 1994, a situação financeira do banco se deteriorou ainda mais, culminando em uma intervenção do Banco Central em agosto de 1995.
Falência
Durante a intervenção, foram identificadas diversas irregularidades, como concessão de empréstimos a empresas recém-criadas por ex-funcionários e financiamentos a empresas do próprio grupo econômico.
Essas práticas contribuíram para o agravamento da crise financeira da instituição.
Em 1996, o Banco Econômico entrou em liquidação extrajudicial, e parte de seus ativos e passivos foi transferida para o Banco Excel, que posteriormente se fundiu com o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) e, em 2003, foi incorporado pelo Bradesco.
O ex-controlador, Ângelo Calmon de Sá, enfrentou processos por gestão fraudulenta.
Principais eventos na trajetória do Banco Econômico:
- 1834: Fundação como Caixa Econômica da Bahia.
- 1910: Aquisição pelo banqueiro Francisco Marques de Góis Calmon.
- 1968: Incorporação do Banco Meridional.
- 1995: Intervenção do Banco Central.
- 1996: Liquidação extrajudicial e transferência de ativos para o Banco Excel.
Em outubro de 2022, após 26 anos em liquidação extrajudicial, o BTG Pactual adquiriu o Banco Econômico e rebatizou a instituição como Banco BESA S.A., marcando uma nova fase em sua longa história.
Para que serve o Banco Central?
O Banco Central do Brasil é uma autarquia federal autônoma responsável por assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda nacional e o funcionamento eficiente do sistema financeiro. Suas principais funções incluem:
- Emissão de moeda: É a única instituição autorizada a emitir a moeda nacional, ou seja, as notas e moedas do Real.
- Controle da inflação: Porém, por meio da definição da taxa básica de juros (Selic), o Banco Central influencia a quantidade de moeda em circulação, ajudando a manter a inflação dentro das metas estabelecidas.
- Supervisão do sistema financeiro: Regula e fiscaliza as instituições financeiras para garantir a estabilidade e a confiança no sistema bancário.
- Administração das reservas internacionais: Por fim, gerencia as reservas de divisas do país, atuando no mercado de câmbio para assegurar a estabilidade da moeda nacional.
Além disso, essas atribuições são fundamentais para o desenvolvimento econômico sustentável e para a confiança da população e dos mercados na economia brasileira.
CONCLUSÃO
Por fim, a trajetória do Banco Econômico reflete os desafios enfrentados por instituições financeiras em períodos de instabilidade econômica e mudanças regulatórias.
Além disso, sua história serve como um estudo de caso sobre a importância da governança corporativa e da supervisão adequada no setor bancário.
Veja também matéria especial sobre: Intervenção do Banco Central, engolido pelo Bradesco e falência: 3 viradas e fim de banco popular no Brasil.