A liga entre Rafinha Bastos, Danilo Gentili e Paulo Henrique Amorim

12/02/2014 8h43

2 min de leitura

“…jamais Paulo Henrique Amorim poderia fazer a brincadeira que fez.”

Um certo vídeo que está na web causa espanto e tristeza.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O vídeo mostra Paulo Henrique Amorim fantasiado de black bloc fazendo ironia com o editorial da TV Globo que fez homenagem ao cinegrafista assassinado por black blocs.

Lembrei-me de Rafinha Bastos, de humor duvidoso, de é que exista nele o humor, fazendo ironia e piada com uma cantora e o filho dela ainda no útero.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Também veio lembrança de Danilo Gentilli, que até sabe fazer humor, tentando fazer piada com judeus e o metrô que lembrava o trem da morte.

Paulo Henrique Amorim, embora péssimo apresentador do Domingo Espetacular, tem notável capacidade de comandar grandes reportagens e as que vi sempre foram bem feitas.

NOTÍCIAS DE PARCEIROS

Paulo tem talento de repórter, tem sagacidade, sabe dar encaminhamento numa reportagem e mostrar aquilo que deve ser mostrado.

Mas peca e muito quando resolve deixar de lado todo seu talento de tantos anos de bons serviços ao jornalismo pra se pegar em detalhes revanchistas contra a TV Globo ou adversários dos petistas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Num momento em que um cinegrafista foi morto por black blocs, jamais Paulo Henrique Amorim poderia fazer a brincadeira que fez.

Num momento em que um cinegrafista foi na verdade assassinado e não sei que outro termo usar num caso destes, Paulo Henrique Amorim, que ao que tudo indica, não pode denunciar ou ir contra os black blocs, sabe-se lá por que motivo, embora eu saiba, deveria se calar e não se postar de maneira insólita na tela.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O histórico de seu trabalho não é coerente com sua postura política atual.

Aliás, que postura mais estranha e radical pra um jornalista que durante tantos anos procurava demonstrar imparcialidade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Se Paulo Henrique Amorim preferiu tomar seu rumo de agora, ele deve ter tido suas razões e não cabe a mim e nem a ninguém achar que ele tomou rumo certo ou não.

Mas desrespeita um momento histórico onde um cinegrafista foi assassinado por membros de um movimento de depredadores, isto é um desrespeito ao jornalismo e Paulo Henrique é ainda um jornalista devendo saber o momento de ficar quieto.

Um homem não deve ser julgado por um momento, tendo um bom histórico de vida, mas pode e deve ser criticado quando o momento se faz errado e contra o sentimento do bem.

Texto: James Akel

NOTÍCIAS DE PARCEIROS

Roberto Sabbatino é cinegrafista da produtora RA Filmes estabelecida na cidade de Jaú/SP. Escreve sobre TV desde 2008. As opiniões do colunista apresentadas neste site, obrigatoriamente não expressam as do Tv Foco, sendo de inteira responsabilidade do escritor.Twitter: @tvfococolunista

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.