RISCO FATAL: A ordem e PROIBIÇÃO da ANVISA contra 10 marcas de azeite populares noticiada pela Globo

Tv Foco mostra hoje atrizes brasileiras dos anos 1990 já chegaram aos 50 anos, mas continuam arrancando suspiros por onde passam.

12/07/2024 6h40

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ANVISA decretou a proibição de 10 marcas de azeite após risco e situação foi noticiada em jornal da Globo (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Canva/ANVISA)

ANVISA mandou recolher dos supermercados 10 marcas de azeite após comprovação de sérios riscos à saúde com seu consumo e situação foi noticiada pela Globo

E em março de 2024, o G1, jornalístico da Globo, noticiou um caso escandaloso envolvendo a proibição da ANVISA contra 10 marcas famosas de azeite.

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Isso porque o Ministério da Agricultura e Pecuária determinou esse recolhimento após identificar um esquema ilícito de importação, adulteração e distribuição de produtos fraudados.

A ação fez parte dos desdobramentos da Operação Getsêmani. As marcas retiradas de circulação foram:

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  • Terra de Óbidos;
  • Serra Morena;
  • De Alcântara;
  • Vincenzo;
  • Az Azeite;
  • Almazara;
  • Escarpas das Oliveiras;
  • Don Alejandro;
  • Mezzano;
  • Uberaba.

Ainda de acordo com o G1, algumas empresas afirmaram que rótulos das marcas de azeite ou rótulos contendo seus dados estavam sendo copiados para uso em produtos não originais.

Recomendações do MAPA

Sendo assim o Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento) recomendou que as empresas que se considerassem vítimas desses fraudadores deveriam comprovar a devida legalidade dos seus produtos importados.

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Fora isso algumas empresas também negaram relação com as marcas a elas atribuídas pelo ministério.

Em 23 de abril de 2024, o Mapa afirmou que, como a operação ainda estava em fase de investigação, “não seria possível disponibilizar informações no momento, sob pena de prejudicar o andamento da mesma”.

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Porém foi assegurado que, em meio a essa operação, foram encontradas evidências que justificaram a decisão em divulgar os nomes dessas marcas e seus devidos importadores/distribuidores, conforme o Decreto nº 6.268/2007.

Tal documento institui a classificação de produtos vegetais e seus subprodutos. O ministério citou o artigo 29-A do decreto, que trata da fiscalização e afirma que “o recolhimento poderá ser aplicado de maneira antecedente ou incidente ao procedimento administrativo”.

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E mencionou que o parágrafo 2º do mesmo artigo diz que “o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgará alerta de risco ao consumidor sobre as informações referentes ao recolhimento”.

Trâmites da operação …

A Operação Getsêmani foi realizada entre os os dias 6, 7 e 8 de março de 2024, com a ajuda da Polícia Militar nos municípios de:

  •  Saquarema (RJ);
  • São Paulo (SP);
  • Recife (PE);
  • Natal (RN)

Além da composição desconhecida, segundo o ministério, foram encontradas produção e comercialização em condições higiênico sanitárias impróprias em estabelecimento clandestino, causando risco à saúde pública e concorrência desleal.

Após o recolhimento, os fornecedores tiveram que comunicar o Ministério pelo canal Fala.BR para que fossem realizadas as devidas ações fiscais para a correta destinação desses produtos.

Já aos consumidores que adquiriram esses produtos fraudados, foram orientados pela ANVISA e os demais órgãos fiscalizadores a deixar de consumi-los e solicitar a substituição.

Além disso, foi necessário comunicar ao Ministério da Agricultura o estabelecimento e endereço onde foi adquirido o produto.

Posicionamento das empresas:

Veja abaixo todos os posicionamentos envolvendo as marcas responsáveis pelos azeites bem como quem os comercializa:

  • 1- Fine Foods Trader Brasil

A Fine Foods Trader Brasil, citada pelo Mapa como distribuidora dos produtos AZ Azeites, De Alcântara, Don Alejandro e Terra de Óbidos, disse na época que não havia nenhum envolvimento dos mesmos na situação ocorrida:

“Não há qualquer envolvimento de nossa empresa com esquema ilícito na comercialização de produtos fraudados. Nunca tivemos o nosso nome envolvido em quaisquer atos ilícitos. […]”.

Fora isso eles frisaram o compromisso que possuem perante seus consumidores, bem como a sociedade como um todo:

“Somos uma empresa idônea que importa e distribui produtos para as mais diversas empresas e indústrias do segmento alimentício, fomos pegos de surpresa com o uso indevido do nosso nome em produtos adulterados e também que não foram importados e distribuídos por nós. […]”

“Buscaremos compreender, por meio do nosso corpo jurídico do que trata esta acusação, e tomaremos as medidas jurídicas cabíveis contra os responsáveis pelo uso ilegal do nosso nome.”

  • 2- Focus Comercial Importadora e Exportadora Ltda

A Focus Comercial Importadora e Exportadora Ltda, apontada pelo ministério como importadora de De AlcântaraDon Alejandro e Terra de Óbidos, afirmou que não possuia qualquer envolvimento da empresa em esquema ilícito de comercialização de produtos adulterados:

“No que diz respeito às marcas ‘De Alcântara’ e ‘Don Alejandro’, esclarecemos que já realizamos importações dessas marcas mediante encomenda da empresa Fine Foods. Contudo, os produtos foram diretamente destinados à Fine Foods, sem qualquer intervenção de nossa parte.”

“Quanto à marca ‘Terra de Óbidos’, nunca realizamos importação desses produtos sendo qualquer relação da nossa empresa com a referida marca, mais uma vez, totalmente descabida.

  • 3- TRL Internacional, Importadora e Exportadora Ltda

A TRL também afirmou que nunca realizou operação comercial para importação de azeites das marcas Terra de Obidos, Almazara e Escarpa das Oliveiras.

Quanto ao azeite da marca Vincenzo, a TRL diz que importou 25.188 unidades, lote nº 19227, sob encomenda.

Também afirmou que produto “chegou ao Brasil engarrafado, envazado, rotulado e fechado, pronto para consumo” e que foi licenciado pelo Mapa.

Fora isso, a empresa ainda afirmou que após a nacionalização, a TRL “realizou a remessa de todas as garrafas para a empresa que a contratou, encerrando a atividade comercial da empresa importadora”:

“Após ser intimada pelo Mapa, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, e Procon de Jundiaí, acerca dos supostos problemas de qualidade do azeite de oliva, a TRL prestou todos os esclarecimento e envio de documentos relacionados a importação realizada, deixando clara a sua condição exclusiva de prestadora do serviço de importação para terceiros, ratificando que os produtos por ela importados, a pedido da empresa , chegaram ao Brasil lacrados e foram licenciados pelo órgão competente, afastando qualquer suspeita de relação com o esquema ilícito.”

“A TRL foi usada como meio no esquema para realizar a importação do azeite extravirgem que, posteriormente, foi usado na mencionada multiplicação, além de ter sua razão social impressa em um número desconhecido de rótulos.”

  • 4- Uberaba supermercados

Já a Uberaba Supermercados afirmou em nota enviada ao G1 que o fabricante e o importador da marca de azeite de Uberaba não correspondem àqueles informados pelo Ministério da Agricultura:

“Tudo indica que estamos sendo vítimas também, inclusive de fraude (cópia) de rótulos com nossa marca. […] Já entramos em contato com o MAPA, para esclarecimentos.”

  • 5- Supermercado Adonai

Por fim, o Supermercado Adonai foi apontado pelo Ministério como um estabelecimento de comercialização azeite Mezzano.

Em resposta ele afirmou que o produto havia sido adquirido para a única e exclusiva revenda no varejo e que costumam cumprir todos os requisitos de qualidade:

“O Grupo Adonai preza pela qualidade nos produtos vendidos em nossas lojas, bem como pelo bem-estar de todos nossos clientes […] atendemos prontamente à todas as determinações legais, interditando totalmente a venda do produto mencionado em questão de horas, e nos colocamos desde o início à disposição da fiscalização apoiando a interdição, averiguação e retirada de amostras do produto”

VALE DESTACAR QUE AS MARCAS ORIGINAIS CITADAS NO INICIO DESSE TEXTO CONTINUAM COMERCIALIZANDO OS SEUS PRODUTOS NORMALMENTE

Qual o perigo de consumir azeite falsificado ou adulterado?

De acordo com o Tribuna Online, especialistas afirmam que o consumo de azeite ilegal e feito de forma irregular é nocivo à saúde, podendo causar intoxicação e até mesmo levar à morte.

Segundo declarações feitas pelo doutor em Ciências, Rodrigo Scherer, o que mais preocupa em casos de azeites falsificados ou adulterados, é que os mesmos fazem uso de outro tipo de óleo, mais em conta, para baratear o produto.

Não se sabe o tipo de óleo, sua origem, qualidade, como foi extraído, se foi feito de maneira caseira, o que apresenta “Um perigo enorme”.

Outra preocupação é com a mistura de produtos tóxicos, como solvente, com a finalidade de criar soluções homogêneas.

A doutora em farmácia, Marina Rocha, ainda afirmou que o processo de falsificação ainda é mais problemático, visto que as garrafas podem estar contaminadas.

Até mesmo a mistura com óleo de soja pode ser prejudicial, pois contém ômega 6, que tem ação inflamatória.

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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