Domingos com programas mornos, requentados, frouxos…

Um programa frouxo é aquele que nada acrescenta, o que nos faz dormir, o que joga na tela sua indisposição para pensar. De uma forma geral, neste domingo vimos isso em muitos deles, mas tem um que gostaria de salientar, infelizmente é o do Geraldo. Apesar de ter visto uma ideia emocionante, homenagear o pai comunicador, a matéria foi morrendo, sendo deixada de lado, esmaecendo.

Vimos externas onde a repórter navegava no óbvio, não somente em suas palavras, mas nas imagens. Mostrar fotos é algo banal até quando visitamos alguém, imagine fazer isso em rede nacional. Eis papai, ali sou eu e ele na piscina…..ora, se a intenção é emocionar há várias formas, a equipe escolheu a mais barata, a que menos criatividade exige. Fraco, muito fraco. E depois finalizaram o “programa brinquedo” com o filho cantando. Sim, brincaram conosco. Imagino o esforço mental da reunião de pauta para chegar nesta forma de mostrar a paixão entre pai e filho.

Nosso povo é simples, feito por pessoas simpáticas, mas, no geral, à procura de temas leves. Isso não exime a equipe de pensar. Pelo contrário, fazer o simples com criatividade é um dos trabalhos mais complexos. Vimos muito disso em “Os Trapalhões”, nas músicas de Roberto e Erasmo, em programas como o do Sílvio. Beiram o óbvio, mas nos atiçam com a dose certa de inteligência. O “Domingo Show” passou longe disso.

Não pense o leitor que esta falta de vontade foi só por parte da Record. Não foi! A Eliana encontrar namorada para um rapaz durante mais de uma hora de programa também foi o cúmulo do domingo. Por vezes imagino qual a razão para nos dizerem que os dominicais são tão caros!!!

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