Se zapear, volta

Houve uma época em que sair de frente da TV era quase impossível. Recheadas de entretenimento, o telespectador ficava vidrado com tanto conteúdo. As novelas clássicas da Globo não me deixam mentir.  Anteriormente, as 3 faixas noturnas tinham qualidade inigualável. Deixavam o telespectador ligado direto, sem paradas, uma após a outra, onde autores e diretores levavam grandes diferenciais para a tela.

Isso tudo mudou. Não sei se por falta de conteúdo (Por já estarem escassos, devido quase tudo já ter sido abordado) ou pouca criatividade mesmo.  Cheias de clichês ( “Amor a Vida” e “Joia Rara”, são bons exemplos ), atiçam nossa vontade de usar o controle remoto para fugirmos daquele blá-blá-blá irritante. O que mais intriga é o fato de alguns autores, mesmo errando a mão nas novelas ( Miguel Falabela, entre eles ) ainda continuem tendo as suas sinopses aprovadas pela direção da emissora dos Marinhos.

O telespectador muda de canal e acaba voltando para a Globo, pois como as outras emissoras sobrevivem seguindo o que ela passa, não encontra novidade.  O público volta a assistir aquilo tudo, sem ter opção de outro canal. Zapear é uma tortura, por que só passam besteiras, diga-se de passagem, nos concorrentes. Por fim, vamos para a internet, tv a cabo, DVD… ou pra rua, conversar com os amigos… mas até isso não dá, porque os celulares já tomaram a possibilidade do diálogo pois todos ficam vidrados na telinha mágica. É… tá tenso o negócio!

Texto enviado pelo leitor: Denis Silva

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