“Achava que o pai iria matar ele “: A crise do irmão de Isabella Nardoni ao descobrir como ela morreu

Mãe de Isabella Nardoni, Ana Carolina Oliveira, relata trauma do caçula ao descobrir o crime bárbaro que custou vida da menina
O assassinato de Isabella Nardoni, em 2008, foi um dos episódios mais brutais e marcantes da história contemporânea do país. A menina, de apenas cinco anos, foi jogada do sexto andar de um prédio na zona norte de São Paulo, crime cometido pelo próprio pai, Alexandre Nardoni, e pela madrasta, Anna Carolina Jatobá.
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Inclusive, toda a violência e o enredo familiar do caso provocaram comoção nacional e abriram um debate profundo sobre violência doméstica e proteção à infância.
Mais de 15 anos depois, a tragédia continua a deixar marcas profundas em quem sobreviveu a ela, especialmente na mãe, Ana Carolina Oliveira.
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O relato mais doloroso
Posteriormente, em entrevista ao programa Melhor da Tarde, da TV Band, exibida em dezembro de 2024, Ana Carolina contou que seu filho Miguel, de 7 anos, fruto do seu atual relacionamento, teve uma crise emocional ao descobrir pela internet como a irmã havia morrido.
O menino, ao tentar compreender a história, expressou um medo que chocou os telespectadores, uma vez que o menino, segundo ela, estava com medo pois “achava que o pai iria matar ele”:
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“Meu filho achava que meu marido iria matar ele. Ele viu na internet que o pai da minha filha a matou. Então tive que explicar que os pais não fazem isso, que isso não é normal, que isso não é comum.”
Ademais, a vereadora descreveu o momento como um dos mais difíceis desde a perda de Isabella.
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“Imagine só o meu marido, que não fez parte dessa história, como se sentiu. Como tive que tratar meu filho sobre uma história que não pertence a ele” – disse ela.
Por fim, Ana Carolina reconheceu que a situação foi “dolorosa”, especialmente por ter de lidar com o trauma dentro da própria casa, tantos anos depois:
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“É algo que nunca passa, só muda de forma” – Afirmou ela.
Veja o trecho abaixo:
Relembre o caso:
No dia 29 de março de 2008, Isabella foi encontrada morta após cair do sexto andar do prédio onde vivia o pai.
As investigações concluíram que alguém a agrediu antes da queda. O crime teve repercussão nacional imediata e levou à condenação de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá por homicídio triplamente qualificado.
O julgamento, acompanhado ao vivo por milhões de brasileiros, resultou em 31 anos de prisão para Alexandre e 26 anos para Anna Carolina. Ambos cumprem pena, com benefícios de progressão previstos pela lei.
Quem é Ana Carolina, a mãe de Isabella Nardoni?
Formada em administração e pós-graduada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), Ana Carolina trabalhou por 16 anos no setor financeiro antes de se lançar na vida pública.
Hoje, Ana Carolina Oliveira é vereadora em São Paulo, cargo que assumiu após trabalhar por 16 anos no setor financeiro.
Em sua atuação pública, ela declarou: “Vou defender o combate à violência infantil e dar voz a crianças vítimas de todo tipo de abuso“
“Vou defender o combate à violência infantil e dar voz a crianças vítimas de todo tipo de abuso” – Declarou ela.
Hoje, Ana Carolina também atua como influenciadora digital, reunindo mais de 2,5 milhões de seguidores. Em suas redes, faz críticas contundentes à Lei de Execução Penal, sobretudo às “saidinhas” concedidas a presos condenados:
“Se o criminoso foi condenado a 30 anos, ele tem de cumprir todos os 30, e não só metade para cumprir o restante em liberdade, como ocorre no Brasil.”
Mais de uma década após o crime, Ana Carolina segue transformando a dor em mobilização social.
O nome de Isabella permanece como símbolo de um país que ainda busca justiça plena para suas crianças.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

