“Acho absolutamente normal ter conservadorismo”, conta diretor de “Verdades Secretas”

Impossível não notar o grande sucesso que vem fazendo a atual novela das 23h da Globo. Investindo em temas polêmicos como prostituição e drogas, a novela conquistou certa aceitação do público. Mas o que diferenciaria “Verdades Secretas” de novelas como “Babilônia”, que abordaram tais temas e foram duramente criticadas?
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A resposta é simples. Tudo está relacionado para a forma como as histórias foram apresentadas. Não adianta apenas mostrar a prostituição, também se tem que destacar o “pecado”.
Um trabalho de humanização dos personagens foi bastante importante, como conta o diretor da novela Mauro Mendonça Filho ao blog Outro Canal, da Folha.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“Humanizamos mais a Angel (Camila Queiroz). Passei a tratá-la não como uma garotinha inglesa que faz prostituição e não está nem aí. Passei a mostrar dor, culpa. Comecei a mesclar amoralidade com moralismo”, conta.
Sobre o público atual, Mauro destaca que não vê problema em um público conservador. Tudo fica bem mais equilibrado, segundo ele.
NOTÍCIAS DE PARCEIROS
“Sou da opinião que para ter uma boa esquerda tem que ter uma boa direita. Para a réplica tem que ter a tréplica.
Acho absolutamente normal ter conservadorismo, o público é esse aí mesmo.”
Para o diretor, o maior desafio da novela foi com o drama da elogiada personagem de Grazi Massafera.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“Mostrar o vício da Larissa em crack, sim, foi difícil. Ela lá na cracolândia é uma identificação da gente, nós pequenos burgueses lá. Botei pilha para o Walcyr fazer uma cracolândia. E a ideia foi mostrar uma visão de compaixão. Há uma ideia de que viciado em droga é marginal. É uma doença.”
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
NOTÍCIAS DE PARCEIROS
Autor(a):
Fernando Lopes
Apaixonado pelo mundo da televisão, Fernando Lopes escreve sobre o assunto no TV Foco desde 2013.