Ceia ameaçada: Açougue super popular é interditado pela Vigilância Sanitária por vender carne podre na BA

Vigilância Sanitária de Vitória da Conquista interditou um açougue de grande porte após encontrar carne podre misturada a produtos frescos
Uma operação de rotina da Vigilância Sanitária (VISA) de Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia (BA), revelou um cenário de horror sanitário em um dos açougues mais frequentados do bairro Patagônia, o qual poderia colocar a ceia de milhares de consumidores em risco.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Na manhã do dia 04 de dezembro, os fiscais interditaram parcialmente o estabelecimento após a descoberta de carnes em avançado estado de putrefação armazenadas lado a lado com produtos que seriam vendidos normalmente, muitos inclusive para serem usados nas festas de fim de ano.
O estabelecimento, classificado como de grande porte e super popular devido ao seu alto volume de vendas e fluxo de clientes, passou a enfrentar sanções severas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
De acordo com o Diário de Pernambuco, a inspeção minuciosa detalhou um quadro de negligência que colocou em xeque a segurança alimentar de centenas de famílias que depositavam confiança na rede.
Insalubridade nas câmaras frias
A entrada dos agentes nas câmaras frias revelou o ponto mais crítico da operação. Os técnicos identificaram:
NOTÍCIAS DE PARCEIROS
- Peças de carne bovina e suína com coloração alterada;
- Odores fétidos e textura viscosa, sinais inequívocos de decomposição.
O perigo, entretanto, residia na proximidade com prateleiras e ganchos em que as carnes frescas e de boa qualidade aparente estavam localizadas.
Esta mistura deliberada ou negligente configura o que especialistas chamam de contaminação cruzada.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Mesmo a carne que parece saudável absorve microrganismos e toxinas da peça em decomposição, tornando todo o estoque um risco biológico para quem o consome.
A Vigilância Sanitária classificou a situação como “crítica” e “inaceitável”, dada a infraestrutura que o açougue ostentava para o público.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Maico Mares, coordenador da Vigilância Sanitária municipal, expressou choque com o volume de irregularidades:
“Encontramos um açougue de grande porte operando com carnes em estado de putrefação misturadas a produtos de boa qualidade. Além do risco sanitário imediato, a parte estrutural do prédio não oferece condição nenhuma de higiene, apresentando diversas não conformidades técnicas“,
Falhas estruturais
A investigação documental revelou outra camada de irregularidade: o açougue funcionava sem o Alvará Sanitário.
Este documento é a garantia de que o Estado inspecionou e aprovou as condições de manipulação de alimentos no local.
Sem ele, o estabelecimento operava à margem das normas de segurança, sem qualquer supervisão técnica periódica.
Os problemas estruturais citados por Mares incluíram:
- Infiltrações;
- Falta de vedação adequada contra insetos e roedores;
- Equipamentos de refrigeração que não mantinham a temperatura exigida por lei.
O acúmulo de sujeira em áreas de corte e o manuseio inadequado por parte dos funcionários completaram o quadro de insalubridade que levou à notificação imediata dos proprietários.
Após o fechamento das duas câmaras frias e a lacração das áreas de armazenamento, o órgão municipal iniciou o processo administrativo de autuação.
Posteriormente, uma equipe técnica especializada ficou de realizar uma perícia detalhada em todo o estoque apreendido.
Este exame ficou de determinar o destino de todo esse material:
- Se iria para descarte total em aterro sanitário;
- Ou se iria para um aproveitamento parcial de lotes que não sofreram contato direto com o material podre;
- Embora a tendência, dada a gravidade, seja a incineração de grande parte do volume.
Por fim, com a interdição, o açougue ficou impedido de utilizar suas câmaras frias até que cumprisse todas as exigências estruturais e obtivesse o alvará necessário, garantindo assim que cenas como essa não voltem a ameaçar a mesa dos baianos
Visto que o estabelecimento não foi identificado, não foi possível localizar sua situação atual ou se foi devidamente esclarecido/resolvido.
O que os consumidores devem fazer em caso de compra/venda de produto impróprio?
O episódio reforça a necessidade de vigilância constante por parte de quem compra.
A cor vermelha brilhante, a ausência de excesso de líquidos escuros na embalagem e, principalmente, o cheiro suave são os primeiros indicadores de uma carne saudável.
No entanto, carnes com tons acinzentados ou esverdeados devem ser rejeitadas imediatamente.
A Vigilância Sanitária de Vitória da Conquista incentiva a população a formalizar denúncias sempre que observar irregularidades em estabelecimentos comerciais.
A fiscalização eficiente depende, muitas vezes, do alerta do consumidor que nota algo estranho no balcão de atendimento.
O consumo de carne estragada pode causar desde infecções gastrointestinais leves até quadros graves de intoxicação alimentar, exigindo internação hospitalar.
Mas, para saber mais informações sobre outras interdições e medidas da Vigilância/ANVISA, clique aqui*.
NOTÍCIAS DE PARCEIROS
Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.