Adeus, aumento no salário mínimo: Grande nome do Banco Central exige congelamento do valor por 6 anos

Ex-presidente do Banco Central propõe mudança no salário mínimo
Nesta segunda-feira, 14, traremos detalhes uma declaração feita por um nome de peso do Banco Central sobre o salário mínimo no Brasil.
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Durante um painel na Brazil Conference, o ex-presidente do Banco Central, Arminio Fraga, fez um alerta sobre os gastos públicos no país.
Para o economista, os gastos estão “totalmente descontrolados”, de acordo com apurações do TV Foco e informações da reportagem da Folha de S.Paulo.
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Mas, afinal, o que aconteceu?
De acordo com Fraga, uma das soluções para reverter a situação fiscal seria congelar o valor real do salário mínimo por seis anos.
“Uma conta gigante é a Previdência. Precisa de uma reforma grande. Uma boa e mais fácil seria congelar o salário mínimo por seis anos. O número 2 é a folha de pagamento do Estado. O RH do Estado brasileiro precisa passar por uma reforma radical”, disse o economista.
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Impacto na economia
O salário mínimo serve como base para o cálculo de aposentadorias, pensões e diversos benefícios sociais, como o BPC (Benefício de Prestação Continuada) e o Bolsa Família.
Desse modo, qualquer mudança em sua política de reajuste afeta diretamente milhões de brasileiros.
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Durante sua fala, Arminio Fraga destacou que cerca de 80% dos gastos públicos vão para a Previdência e as folhas de pagamento dos estados.
O ex-presidente do Banco Central defende que esse percentual deveria ser reduzido para 60%, liberando espaço para investimentos em outras áreas.
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“O Estado brasileiro precisa passar por um processo de reforma, o RH do Estado brasileiro, radical. Tem muita gente em funções de liderança […], em cargos mais elevados do Estado, estão ganhando, em dólar, […] se ganhar US$ 50.000 [por ano] é muito. Gente que corre um risco tremendo e trabalha feito um louco. Há um espaço enorme para não só economizar, mas para melhorar”, declarou.
Salário mínimo na mira
Além disso, Fraga reconheceu que sua proposta de congelamento do salário mínimo não será bem recebida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas reiterou a necessidade de rever a política fiscal.
“Congela o salário mínimo, que não é palatável, mas não dá para fazer o salário mínimo ficar crescendo 2,5% nessas circunstâncias, e reduz os gastos tributários em 2% do PIB. Isso daria uns 3% do PIB, e eu acho que virava o jogo”, disse o economista.

Como é calculado o salário mínimo hoje?
Por fim, atualmente, o piso nacional é reajustado com base na inflação do ano anterior e no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
No entanto, esse aumento real está limitado às regras do novo arcabouço fiscal, que permite uma variação entre 0,6% e 2,5% ao ano, dependendo da situação das contas públicas.
Hoje, o valor do piso nacional é de R$ 1.518, e a projeção do governo é que ele suba para R$ 1.627 em 2026, de acordo com dados da Folha de S.Paulo.

Considerações finais
Em suma, o ex-presidente do Banco Central, Arminio Fraga reforçou a necessidade de congelamento do salário mínimo devido as contas do governo.
Veja mais informações sobre o salário mínimo clicando aqui.

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Autor(a):
Giovana Misson
Formação pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, é colunista do portal TV Foco desde 2020, com foco em beleza, televisão e celebridades. Com apuração jornalística rigorosa, tem como compromisso informar o público com credibilidade e precisão. Apaixonada por moda e pelo universo das celebridades, acompanha de perto as principais tendências e acontecimentos. Antes disso, atuou como assessora de imprensa e redatora.