O fim chegou: Adeus de 5 carros amados no Brasil, incluindo os queridinhos da Fiat e Renault

O adeus de modelos consagrados da Fiat a Renault que fizeram história e agora saem de cena nas garagens brasileiras

O ano de 2025 inaugura uma nova fase no setor automotivo brasileiro. Mudanças regulatórias, pressão por eficiência e a retratação de segmentos outrora em alta estão reformulando rapidamente o portfólio das montadoras.

Contudo, entre os impactos mais claros, destaca-se a saída ou pelo menos a reformulação severa de modelos que marcaram gerações. Cinco deles se avizinham desse fim: o Fiat 500e, o Renault Stepway, o Toyota Yaris, o Suzuki Jimny Sierra e a versão Ultra do Fiat Toro que deixa o motor a diesel para dar espaço ao flex.

Começo pelo Fiat 500e. O compacto elétrico da Fiat chegou com certo glamour ao Brasil em 2021, por cerca de R$ 239.990. Mas a realidade se mostrou bastante menos promissora: em 2023, foram apenas 50 unidades vendidas.

Contudo, em 2025, até julho, apenas 3 unidades. Diante da demanda quase nula e de uma concorrência elétrica chinesa bem mais acessível, o 500e se tornou um modelo fadado à saída ou ao reposicionamento. Tratado quase como um nicho, não mais como “grande aposta”.

Em seguida, o Renault Stepway (versão aventureira do Sandero) encerra sua produção no Brasil. A Renault confirmou o fim da produção na fábrica de São José dos Pinhais em janeiro de 2025, junto com a versão 1.3 TCe da picape Oroch.

No entanto, as vendas vinham em queda, e a marca está redirecionando esforços aos SUVs compactos, mais alinhados às preferências atuais. O Stepway passa da condição de opção viável para a de legado, o estoque restante se esgota e a reposição ou atualização não está no plano imediato.

Quais carros saem de linha esse ano?

Já o Toyota Yaris vivencia uma reformulação: em dezembro de 2024 foi anunciado que não será mais comercializado no Brasil a partir de 2025. O objetivo da Toyota é liberar espaço para o SUV Yaris Cross, que será fabricado localmente e ganhará motorização híbrida flex. Logo, o Yaris não apenas “sai de linha”, mas se transforma. Mudança de perfil para acompanhar a evolução do consumidor brasileiro.

O caso do Suzuki Jimny Sierra é mais técnico, porém significativo. A compacta 4×4 da Suzuki enfrenta limitação para atender à norma Proconve L8 de emissões vigentes desde janeiro de 2025 e não haverá atualização de motor para cumprir esses limites.

Porém, logo, ele corre risco de “desaparecer” comercialmente, ainda que versões até estoque se mantenham. É uma saída de linha por obsolescência regulatória, o modelo não evolui para os novos padrões.

Finalmente, a picape Toro Ultra, da Fiat, passa por uma reformulação indireta. Se por um lado ela não “sai de linha” no sentido puro, a versão com motor 2.0 turbodiesel será retirada e trocada pela motorização 1.3 turbo flex para o ano modelo 2025.

Essa mudança significa que a configuração “Ultra” na forma atual deixa de existir. Portanto, é apropriado considerá-la como “saída de linha” da versão diesel. Trata-se de adaptação à realidade brasileira: motor flex, menor custo, alinhamento com o biocombustível.

O que todos esses casos têm em comum? Mercado em mudança, consumidor exigente, tecnologia em transição. Afinar portfólio, eliminar versões pouco vendidas ou com potencial regulatório comprometido, focar onde há volume ou margem. Para quem está de olho em compras, isso significa oportunidades e riscos.

Por fim, as linhas tendem a ver estoques sendo liquidados ou desaparecer de catálogo, o que pode beneficiar quem busca negócio.