Nada de R$ 1.631: Nova revisão do governo derruba projeção do salário mínimo 2026

Ajuste inesperado faz o governo reduzir a projeção para o salário mínimo em 2026, deixando para trás a estimativa inicial de R$ 1631

Pegando todos de surpresa, o governo determinou nova estimativa para o salário mínimo de 2026: R$ 1.627. A correção representa 7,18% acima do piso atual, que é de R$ 1.518. Porém, essa revisão surge diante de uma inflação acumulada mais baixa do que a esperada. Por isso os técnicos ajustaram a projeção financeira desde o orçamento enviado ao Congresso.

Contudo, a proposta anterior previa R$ 1.630 ou até R$ 1.631. Mas os ministérios passaram a adotar o valor mais conservador de R$ 1.627 para compor suas planilhas orçamentárias e evitar surpresas. Essa escolha mostra cautela diante das incertezas quanto ao desempenho da inflação e aos limites impostos pelo ajuste fiscal.

Além disso, o cálculo do piso segue uma fórmula que une inflação. Medida pelo INPC acumulado nos últimos 12 meses, e crescimento real, limitado a 2,5%. Porém, mesmo com avanço do PIB, a trava impede ganhos além do teto fiscal. Isso garante estabilidade para contas públicas, mas reduz a força do reajuste real.

Se confirmada, a correção levará o salário mínimo a vigorar a partir de janeiro de 2026. O trabalhador deverá receber o novo valor no salário de fevereiro.

O piso renovado altera diretamente a remuneração formal de milhões de brasileiros. Ele também serve como referência para aposentadorias, pensões, abonos e benefícios sociais.

Qual é o impacto do salário mínimo?

O impacto vai além do trabalhador CLT. Quem depende de benefícios atrelados ao mínimo, como aposentados, pensionistas, beneficiários de programas sociais, também sentirá a alta. Por outro lado, ajustes mais modestos limitam a pressão sobre as contas públicas. O governo evita desequilíbrios orçamentários num momento de restrição fiscal.

No entanto, o valor ainda não é definitivo. A correção depende da divulgação final do INPC acumulado até novembro de 2025. Porém, especialistas indicam que a variação será pequena e que a tendência confirma o piso em R$ 1.627.

Por fim, a medida revela o dilema fiscal enfrentado pelo governo: conciliar o direito constitucional à correção anual do salário mínimo com o compromisso de manter o controle das despesas públicas.

Contudo, o resultado final tende a agradar parcialmente a trabalhadores e previdência, sem descuidar das contas do Estado.