Além de Wanderson, Léo Jardim convive com mais duas baixas no Cruzeiro e trabalha em ritmo intenso para garantir reposições a altura

O Cruzeiro chegou ao Rio com a sensação de que o jogo contra o Flamengo valeria mais do que apenas três pontos. O time mineiro já sabia que não teria vida fácil no Maracanã, mas a situação ficou mais pesada quando Leonardo Jardim recebeu a notícia de que não poderia contar com Wanderson e Jonathan Jesus.

O primeiro, com lombalgia. O segundo, com dores no joelho. Dois cortes em cima da hora. Para completar, outras ausências já conhecidas: Fagner, Bruno Alves, Otávio e Murilo Rhikman. O elenco, que vinha com confiança alta, precisou ser reorganizado às pressas.

Contudo, mesmo assim, a viagem não perdeu o peso simbólico. Flamengo e Cruzeiro brigam diretamente pelo topo da tabela, e isso transforma cada detalhe em um capítulo importante. Antes da rodada, o Flamengo liderava com 54 pontos, enquanto o Cruzeiro aparecia logo atrás, em terceiro, com 50, pressionando o Palmeiras.

No entanto, o Cruzeiro, sem suas peças-chave, entrou em campo sabendo que precisaria correr mais, pensar mais rápido e, talvez, aceitar jogar de forma menos ousada do que gostaria.

Do lado tático, Jardim não tinha tantas opções. Lucas Villalba voltou para segurar a defesa, e Sinisterra, já recuperado de lesão, entrou como esperança ofensiva. A ideia era clara, não dar espaço ao Flamengo e tentar se aproveitar de contra-ataques. Só que encaixar tudo em poucos treinos nunca é simples. O time mineiro carregou um peso extra de ajustes improvisados.

O goleiro Cássio, um dos líderes do elenco, fez questão de mandar um recado antes da bola rolar. “A gente precisa cometer menos erros do que contra o Vasco”, disse, lembrando a derrota no clássico que ainda deixava marcas.

Além disso, ele também agradeceu à torcida, que se mobilizou em peso e praticamente esgotou os ingressos para acompanhar a equipe. Palavras de capitão. Não basta só jogar: é preciso carregar o ambiente junto.

Como foi o jogo do Cruzeiro contra o Flamengo?

O Flamengo tentou ditar o ritmo desde cedo, trocando passes curtos, acionando as pontas e pressionando a saída de bola cruzeirense. Porém, o Cruzeiro respondeu com organização defensiva e alguma ousadia quando conseguiu escapar em velocidade. Foi um duelo de paciência, travado no meio, com muita disputa física. Cada dividida parecia carregar uma decisão.

No entanto, o gol nunca veio. O empate em 0 a 0 contou a história de uma noite em que o Flamengo pressionou mais, mas não conseguiu furar a retranca mineira. O Cruzeiro, mesmo desfalcado, resistiu.

Por fim, o resultado mantém o Flamengo no topo da tabela, mas deixa o Cruzeiro um degrau abaixo, ainda no bolo dos que sonham com a taça.

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