De torcedor a magnata, Pedrinho BH comanda o Cruzeiro e uma rede de supermercados que o levou a acumular R$7,5 bilhões

Pedro Lourenço cresceu em Paineiras, no interior de Minas, e começou a vida longe do luxo que tem hoje. Trabalhou como estoquista em Belo Horizonte e aprendeu o valor de cada centavo. Em 1996, abriu uma pequena mercearia que virou a base do império Supermercados BH.

Contudo, o negócio cresceu rápido, impulsionado pelo trabalho constante e pela escolha de investir em regiões onde grandes redes não chegavam.

Com o tempo, ele consolidou o nome entre os maiores empresários do país. Em 2023, sua rede atingiu faturamento de R$ 17,3 bilhões, segundo a ABRAS. Pedro vendeu parte da operação em 2004, usou o capital para adquirir mercados menores e expandiu ainda mais.

Além disso, hoje, o grupo soma mais de 300 lojas e segue em crescimento. Sua fortuna ultrapassa R$ 7,5 bilhões, de acordo com estimativas publicadas pela Forbes.

O empresário, conhecido como Pedrinho BH, sempre manteve um perfil discreto. Evita aparições públicas, mas fala com emoção quando o assunto é o Cruzeiro. “Eu sou Cruzeiro. Não estou comprando um negócio. É uma paixão”, afirmou em entrevista à rádio Itatiaia.

Pedrinho BH é dono do Cruzeiro?

Essa ligação afetiva com o clube se transformou em um investimento bilionário. Em 2024, ele desembolsou R$ 600 milhões para adquirir 90 % das ações da SAF do Cruzeiro, assumindo o comando do time.

A negociação envolveu R$ 100 milhões já investidos no ano anterior, R$ 150 milhões pagos no período seguinte e o restante será quitado em dez anos. Lourenço aposta na estabilidade financeira e quer devolver ao clube a força que ele perdeu nos últimos anos. Nos bastidores, é visto como o homem que pode recolocar o Cruzeiro entre os grandes.

Antes de comprar o controle, ele já ajudava o clube. Chegou a cobrir salários atrasados e bancou despesas emergenciais em momentos críticos. Essa postura reforçou sua imagem de torcedor comprometido, não apenas de investidor.

O sucesso dos Supermercados BH nasceu dessa lógica. Lourenço preferiu crescer devagar, reinvestir o lucro e evitar dívidas altas. A empresa se expandiu com base na proximidade com o consumidor e no controle rígido de custos. Essa estratégia o colocou entre os empresários mais admirados de Minas.

Por fim, Pedrinho BH vive o desafio de equilibrar emoção e razão.

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