Comunicado da Anvisa: Por que o ketchup pode ter pelo de roedor?

ANVISA permite a presença de pelos de roedores no ketchup e outros alimentos; Entenda por que isso é legal e se representa riscos à saúde
O molho de ketchup ocupa um cantinho muito especial no paladar e na vida dos brasileiros. Presente nas batatas fritas, hambúrgueres, hot dogs e até nas pizzas, ele faz a alegria de milhares que o enxergam como um condimento extremamente indispensável.
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Mas o que poucos imaginam é que, dentro daquele frasco, pode haver um ingrediente nem tanto convidativo assim, e até mesmo espantoso, que são pelos de roedores.
Mas, calma, antes que o choque se instale, é importante entender que essa possibilidade não significa que o ketchup seja um produto nada confiável ou perigoso.
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Isso porque a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) permite a presença controlada de fragmentos e matérias estranhas em alguns alimentos, inclusive o ketchup, desde que estejam em quantidades que não ofereçam riscos à saúde.
Essa autorização está prevista na Resolução RDC nº 14, publicada no ano de 2014, que estabelece limites toleráveis para impurezas naturais e inevitáveis no processo de fabricação.
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No caso do ketchup e de outros molhos de tomate industrializados, a norma permite até 10 fragmentos de insetos e 1 fragmento de pelo de roedor por 100 gramas.
Por que a ANVISA permite isso?
Em suma, a norma reconhece que eliminar totalmente esses fragmentos é tecnicamente impossível sem encarecer o produto de forma significativa.
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Durante a colheita, transporte e armazenamento, tomates e outros ingredientes do ketchup podem entrar em contato com insetos e roedores.
Mesmo com inspeções rigorosas e equipamentos de limpeza, partículas microscópicas acabam passando despercebidas.
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O objetivo da RDC nº 14 não é liberar alimentos sujos, mas definir níveis seguros de tolerância, baseados em estudos toxicológicos e microbiológicos.
Esses limites garantem que, mesmo com a presença dessas partículas, o consumo não cause danos à saúde.
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Outros alimentos com permissões semelhantes:
- Molho de tomate comum: até 10 fragmentos de insetos e 1 pelo de roedor por 100g;
- Café torrado e moído: até 60 fragmentos de insetos a cada 25g;
- Farinha de trigo: até 75 fragmentos de insetos por 50g;
- Orégano: até 20 fragmentos de insetos em 10g;
- Chá de menta ou hortelã: até 300 fragmentos de insetos e 2 pelos de roedor por 25g.
Mas a presença permitida de pelo de roedores e outros fragmentos na comida faz mal à saúde?
Desde que as empresas respeitem os limites fixados pela ANVISA, a presença de pelos de roedores no ketchup não representa risco real à saúde.
Esses fragmentos, em quantidades controladas, não transmitem doenças nem afetam o valor nutricional do alimento.
O problema surge apenas quando os níveis ultrapassam o permitido, pois aí aumenta o risco de contaminação microbiológica, levando a possíveis intoxicações alimentares.
Nessas condições, a ANVISA pode determinar o recolhimento dos produtos, a suspensão da venda e até mesmo a aplicação de multas que podem chegar a R$ 1,5 milhão, além de cancelar a autorização sanitária da empresa.
Mas o Brasil não está sozinho nesse tipo de regulamentação.
A FDA, agência que funciona como uma Vigilância Sanitária dos Estados Unidos, também adota tolerâncias semelhantes para o ketchup e outros alimentos processados.
Mas, para saber sobre mais informações e ficar por dentro dos boletins da ANVISA, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.