Prateleiras vazias e +: Alerta de fim de supermercado nº1 pega clientes de calças curtas em Salvador, BA

Rede nº 1 de um supermercado super popular de Salvador, BA, pegou clientes de calças curtas após um cenário de prateleiras vazias e um ar de adeus
Na semana do último dia 26, o que parecia ser apenas uma desconfiança se transformou em um forte indício: uma das maiores redes de supermercado, vista como nº1 de Salvador, apresentou um cenário com prateleiras vazias e um ar de adeus, o que pegou milhares de clientes de “calças curtas” diante da situação.
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Trata-se de uma unidade do Salvador Shopping, Bompreço, a qual foi alvo de especulação após funcionários e clientes da unidade anunciarem esse alerta de adeus que rapidamente repercutiu nas redes sociais e na imprensa local.

Embora o Grupo Carrefour, controlador da marca, ainda não tenha dado uma data oficial para esse encerramento, o cenário aponta para um “fechar de portas” inevitável.
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Sendo assim, a partir de informações do portal Bnews e Correio, a equipe especializada em economia do TV Foco traz mais detalhes sobre o ocorrido.

MAS ATENÇÃO! Antes de prosseguirmos com essa matéria, é bom deixar claro que esses movimentos não têm nenhuma relação com crises financeiras e sim com uma estratégia de reestruturação.
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Prateleiras vazias e informações de bastidores:
No último dia 26 de abril de 2025, imagens obtidas pelo portal BNews escancaram a situação:
A loja do Salvador Shopping, antes símbolo de fluxo intenso de clientes e produtos variados, exibia:
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- Gôndolas vazias;
- Promoções pontuais;
- Desabastecimento generalizado.
De acordo com o BNews, funcionários admitiram que a unidade será desativada em breve, embora a direção ainda não tenha formalizado a data exata desse encerramento.
Inclusive, esse comportamento repete o padrão observado nas unidades observadas desde 2024.
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Adeus de três lojas:
A movimentação ganhou força após o fechamento de três unidades históricas do Bompreço:
- Canela;
- Imbuí;
- Rio Vermelho.
Em 13 de dezembro de 2024, essas lojas abriram suas portas pela última vez, surpreendendo clientes e funcionários.
As demissões, conduzidas de forma silenciosa e sem comunicados oficiais, reforçaram a impressão de um processo de esvaziamento gradual, evitando assim uma repercussão negativa ou especulações sensacionalistas.

O plano nacional do Grupo Carrefour:
Mas a origem do encolhimento não está apenas nesse caso pontual. Em outubro de 2024, o Grupo Carrefour anunciou a contratação da assessoria de investimentos BR Partners para vender parte de suas unidades no Nordeste.
De acordo com o jornal Correio, essa decisão integra uma estratégia nacional de reestruturação:
- Sair do varejo tradicional em praças menos rentáveis e apostar fortemente no segmento de atacarejo, onde o Carrefour opera com a marca Atacadão.
Essa guinada é embasada em números:
- De acordo com um balanço divulgado pelo Carrefour, em fevereiro de 2025, o Atacadão representou mais de 70% da receita bruta no país no último ano.
- Enquanto o varejo (como o Bompreço) vem sofrendo com margens menores e competição crescente, principalmente no Nordeste.
Atacadão domina tudo:
A conversão de unidades do Bompreço para o formato Atacadão ilustra bem essa transformação.
Em junho de 2024, o Bompreço da Avenida Centenário se transformou em Atacadão. Pouco depois, as lojas da Avenida Garibaldi, Brotas e Itapuã passaram pelo mesmo processo.
Essa mudança não trocou apenas o nome nas fachadas, como também o modelo de negócios:
- Espaços maiores;
- Venda em volume;
- Preços mais baixos — adaptando-se ao perfil de consumo atual, muito pressionado pela inflação e pela queda no poder de compra.
O contexto econômico da Bahia:
A Bahia, de acordo com dados da Fecomércio-BA, registrou em 2024 uma retração de 1,2% no consumo varejista.
Esse cenário, combinado à alta carga tributária e à concorrência agressiva de atacarejos regionais, tornou o mercado menos atraente para operações de varejo tradicionais.
Além disso, a população de Salvador mudou seu comportamento de compra:
- Mais pesquisas de preços;
- Busca por promoções;
- Preferência por lojas que oferecem “preço de atacado” mesmo para consumidores finais.
Quantas unidades já fecharam em Salvador?
Até o momento, Salvador assistiu ao fechamento de seis unidades do Bompreço:
- Canela (fechada)
- Imbuí (fechada)
- Rio Vermelho (fechada)
- Centenário (convertida em Atacadão)
- Garibaldi (convertida em Atacadão)
- Itapuã (convertida em Atacadão)
A unidade do Salvador Shopping, uma das últimas grandes operações da marca, ainda está nesse processo, embora não esteja 100% concluído ou, conforme dito acima, anunciado oficialmente.
Inclusive, de acordo com o Correio, a informação foi confirmada pela assessoria do shopping, no entanto, o Grupo Carrefour ainda não se manifestou sobre o assunto e o espaço segue em aberto.
Conclusão:
Ao que tudo indica, a rede Bompreço, outrora sinônimo de supermercado para gerações de baianos, está saindo de cena em território soteropolitano de forma discreta.
O encerramento das unidades, impulsionado por uma estratégia nacional do Grupo Carrefour, confirma a virada de chave para o modelo de atacarejo.
Com prateleiras vazias como prenúncio e concorrência local em alta, a marca deixa saudades — e uma lição: no varejo, tradição pesa, mas os números pesam mais.
Mas, para saber mais sobre essas histórias de fins abruptos, retomadas e muito mais, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.
