A cidade onde o aluguel ainda custa só R$ 500 e o salário mínimo dá para viver bem

Descubra como essa cidade se tornou o refúgio dos assalariados, com a média do aluguel a R$500 e a estrutura urbana que sustenta a vida digna
Se existe uma narrativa dominante no Brasil, é de que o salário mínimo de R$ 1.518 não é suficiente para a sobrevivência básica. Afinal de contas, em metrópoles, o custo de vida praticamente engole a renda, com aluguéis que frequentemente ultrapassam o valor total do piso nacional.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
No entanto, uma análise do mercado imobiliário em regiões metropolitanas e capitais demonstra que o sonho da moradia acessível ainda é possível.
O poder de compra do trabalhador que recebe o salário mínimo pode ser resgatado em bolsões urbanos estratégicos, onde kitnets e casas compactas surpreendem ao manterem aluguéis na faixa de R$ 350 a R$ 500.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Esta rara equação financeira permite que o salário mínimo cubra as despesas básicas e ainda garanta a dignidade.

Uma moradia acessível…
Pois é, conforme dissemos acima, o maior desafio para quem depende do piso nacional é o aluguel. Mas, na Ceilândia (DF), o mercado responde com soluções funcionais e de baixo custo, garantindo que o locatário destine uma parcela sustentável da sua renda para a moradia.
NOTÍCIAS DE PARCEIROS
De acordo com o DF Imóveis, com um aluguel de R$ 500,00, o trabalhador compromete menos de 33% do seu salário de R$ 1.518,00, liberando R$ 1.018,00 para os demais custos fixos (alimentação, transporte, utilidades).
Embora não seja um valor ideal, ainda assim, dá para se viver razoavelmente bem.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Kitnets e casas compactas
Por mais irreal que pareça, a Ceilândia (DF) é o epicentro dessa oferta de moradia acessível. É bem possível encontrar uma kitnet funcional de 35 m² por R$ 500 mensais e até mesmo por R$ 495 – Conforme podem ver por aqui*.
Os moradores locais atestam que, apesar da metragem reduzida, esses imóveis oferecem a estrutura mínima necessária:
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
- Quarto, banheiro e cozinha;
- Ocasionalmente, vaga de garagem.
O que torna o custo-benefício atraente.
Exemplos:



Custo de vida:
Mas a sustentabilidade da vida com salário mínimo em Ceilândia vai além do baixo custo do aluguel.
Os R$ 1.018 restantes após a moradia são protegidos por uma economia local que combate os preços inflacionados dos grandes centros.
Alimentação e comércio local:
O comércio de Ceilândia opera com uma forte base local, em que se pratica preços mais competitivos do que as grandes redes, como:
- Mercados;
- Feiras livres;
- Pequenos varejistas
O que facilita a compra da cesta básica e garantindo que o salário restante cubra as necessidades alimentares.
Transporte:
Como uma das maiores e mais bem estabelecidas cidades satélites do DF, Ceilândia possui uma integração fundamental com Brasília, incluindo a linha verde do Metrô-DF.
A rede de transporte público, embora com desafios, é vital para o deslocamento do trabalhador, permitindo que muitos residentes economizem nos custos diários de transporte em comparação com cidades menos estruturadas.
Como é a estrutura de Ceilândia?
O que realmente torna Ceilândia viável para a renda mínima é sua estrutura como uma cidade satélite planejada e consolidada.
Ceilândia não é um município isolado e faz parte da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE).
Essa integração garante:
- Transporte: O acesso ao Metrô-DF, conforme mencionamos acima, é um diferencial crucial, oferecendo uma alternativa de baixo custo para o deslocamento até o Plano Piloto (Brasília) e outras cidades satélites;
- Serviços Públicos: Por ser uma área consolidada, o acesso a escolas, hospitais regionais e postos de saúde é mais robusto e garantido em comparação com áreas periféricas de crescimento desordenado.
Quanto à economia local, ela é densa e diversificada. O morador consegue resolver a maior parte de sua vida (comércio, serviços, lazer) dentro da própria Ceilândia, sem depender diariamente da estrutura mais cara do centro de Brasília.
Isso minimiza gastos com deslocamento e protege o orçamento contra a elevação do custo de vida da capital.
A manutenção da moradia a R$ 500,00, em conjunto com uma infraestrutura de suporte (transporte e comércio), confirma Ceilândia como um raro exemplo urbano em que a dignidade de quem vive com salário mínimo ainda é uma realidade alcançável.
Mas, para saber mais informações sobre outras cidades, clique aqui*
NOTÍCIAS DE PARCEIROS
Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.
