Análise: Em crise, “Vídeo Show” apela para choro e dramas da vida real

Susana Vieira e Otaviano Costa no comando do “Vídeo Show” desta quinta-feira (14)
(Foto: Reprodução/Globo)

Em crise não só de audiência, mas também de identidade, o “Vídeo Show” está atirando para todos os lados e resolveu apostar em dramas da vida real para levantar os índices, assim como fazem os programas da Record.

A atração, conhecida por mostrar os bastidores da Globo e o dia a dia dos artistas da emissora, além de notícias sobre celebridades, ainda está com audiência em baixa, e resolveu apelar para choro e histórias dramáticas, prática comum em programas Record – o SBT também aposta, mas com menos frequência.

Nesta quinta-feira (14), o “Vídeo Show” estreou o “Caso Verdade”, quadro que mostra um paralelo de casos da vida real com histórias de novelas da Globo. A primeira história foi de um bebê sequestrado em Santos, cidade litorânea do estado de São Paulo, caso semelhante com o que aconteceu na novela “Senhora do Destino” (2004), com Maria do Carmo (Susana Vieira), que teve a filha roubada por Nazaré Tedesco (Renata Sorrah).

Essa é mais uma tentativa do “Vídeo Show” para reerguer seus índices, após passar a apostar em atrações do arquivo da Globo, notícias dos famosos – assim como o concorrente, que tem “A Hora da Venenosa” – e até pegadinhas. A estreia do “Caso Verdade”, no entanto, não surtiu efeito: o vespertino comandado por Otaviano Costa e Susana Vieira marcou apenas 9.0 pontos em sua média geral na Grande São Paulo, e perdeu para o “Balanço Geral” no confronto direto, por 9.4 a 8.2 pontos.

Uma dos mais tradicionais programas da Globo, o “Vídeo Show” vem sofrendo com uma crise de audiência e, consequentemente de identidade, desde a estreia de Zeca Camargo, em novembro de 2013. Com a rejeição do ex-“Fantástico”, o vespertino se perdeu, até a entrada de Monica Iozzi – quando os números e a repercussão aumentaram. Com a saída de Iozzi, neste ano, o diretor Boninho apostou na desconhecida Maíra Charken: também foi rejeitada e já afastada da atração, que parece não saber para onde ir.