ANVISA comunica proibição de óleo popular no Brasil e emite alerta em 2025

ANVISA comunica proibição contra linha de óleo de girassol popular por irregularidades no registro e alegações terapêuticas indevidas; Entenda o caso
O óleo de girassol conquistou espaço importante no mercado de cosméticos. Rico em vitamina E e ácidos graxos essenciais, ele aparece em hidratantes, loções e produtos capilares pela promessa de nutrição e regeneração da pele e dos fios.
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Nos últimos anos, versões “ozonizadas” ganharam destaque entre consumidores que buscam alternativas naturais e multifuncionais.
No entanto, no dia 3 de outubro de 2025, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) determinou a suspensão imediata do Óleo de Girassol Ozonizado Sofh, da marca Ozonteck, após identificar irregularidades graves no registro e nas alegações do produto.
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A proibição e as irregularidades encontradas
De acordo com o comunicado da ANVISA, publicado por meio da Resolução nº 3.898, de 3 de outubro de 2025, que suspendeu a fabricação, o uso, a propaganda, a distribuição, o recolhimento e a comercialização do óleo de girassol ozonizado da Ozonteck – Conforme podem ver por aqui*.
A medida ocorreu após constatar que o produto era vendido com alegações de atividade farmacológica, o que fere a legislação sanitária brasileira, já que cosméticos não podem prometer efeitos terapêuticos.
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Além disso, o produto estava irregularmente registrado, o que significa que não passou pelas etapas obrigatórias de comprovação de segurança e eficácia exigidas pela ANVISA.
A agência também apontou que a empresa responsável pela fabricação, +Briefing Agência de Publicidade e Representações Ltda, não possuía autorização adequada para a produção de cosméticos ozonizados.
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Essas irregularidades levaram à suspensão preventiva de todos os lotes do produto em território nacional, até que a situação regulatória seja regularizada.
Manifestação da empresa Ozonteck
De acordo com a Revista OESTE, a Ozonteck afirmou que trabalha para ajustar seus rótulos e adequar as alegações dos produtos às normas da Anvisa.
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Segundo a empresa, a suspensão se refere a uma divergência regulatória e não à constatação de risco direto à saúde.
A marca comunicou que já iniciou o processo de revisão de suas formulações e embalagens, com apoio jurídico, para atender às exigências sanitárias e solicitar a regularização dos produtos.
Mas, até o momento, não há novas manifestações públicas sobre o caso.
Quais riscos esse tipo de situação causa na saúde dos consumidores?
Cosméticos sem registro representam um risco real à saúde pública. Produtos com alegações terapêuticas não comprovadas podem conter substâncias que causam reações alérgicas, irritações ou até intoxicações.
No caso do óleo ozonizado, o problema se agrava, pois o uso inadequado de compostos ozonizados pode gerar instabilidade química e provocar danos à pele.
A ausência de registro impede que a ANVISA avalie a segurança do produto, o que significa que o consumidor não tem garantia sobre a procedência dos ingredientes, a concentração dos ativos e a ausência de contaminantes.
Por isso, a proibição serve como medida de precaução para evitar que produtos de risco continuem circulando no mercado.
A presença da Ozonteck no mercado
A Ozonteck atua no segmento de cosméticos e produtos ozonizados, com presença crescente no comércio eletrônico e em redes de revendedores independentes.
A empresa ganhou notoriedade ao promover produtos que combinam ozônio com óleos vegetais, prometendo benefícios de hidratação e renovação celular.
Ela foi fundada em 2022 e é reconhecida por ter sido pioneira no Brasil ao trazer a tecnologia de produtos com ozônio para o mercado, focando em vendas diretas e marketing de relacionamento.
De acordo com apurações feitas pelas redes sociais, embora alguns registros possam mencionar datas diferentes devido às suas filiais ou à atividade de importação e comércio, o ano de 2022 é o marco mais consistente para a empresa na sua atuação como fabricante e distribuidora de produtos ozonizados.
Como comprar cosméticos com segurança?
O consumidor pode evitar riscos seguindo orientações básicas:
- Primeiramente, verifique se o produto possui número de registro ou notificação da ANVISA no rótulo; esse dado comprova que passou pela avaliação sanitária.
- Evite cosméticos que prometem “curas”, “efeitos terapêuticos” ou “tratamentos milagrosos”, pois tais alegações não são permitidas para produtos estéticos.
- Por fim, também é importante desconfiar de preços muito abaixo do mercado e sempre adquirir itens em estabelecimentos confiáveis.
Ademais, em caso de suspeita de irregularidade, o consumidor deve comunicar a Vigilância Sanitária local ou registrar denúncia nos canais oficiais da ANVISA.
Mas, para saber mais informações sobre a ANVISA e suas proibições e comunicados, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.