ANVISA proibiu um lote de molho de pimenta popular após detectar substância não declarada no rótulo; Entenda os riscos e saiba comprar
O molho de pimenta é um dos condimentos mais tradicionais das mesas brasileiras. Presente em restaurantes, lanchonetes e cozinhas domésticas, ele dá sabor e intensidade a praticamente qualquer prato, do feijão com arroz até mesmo às carnes mais elaboradas e petiscos.
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Inclusive, a variedade é enorme, e o consumo é tão popular que muitas marcas se tornaram quase que figurinhas carimbadas na mesa cotidiana.
No entanto, um alerta feito em agosto pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) interrompeu o uso de uma das mais populares do mercado.
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De acordo com os dados da própria autarquia, um dos lotes do Molho de Pimenta Extra Forte Ubon, após a identificação de uma substância não declarada no rótulo, foi recolhido e a decisão acendeu o sinal de alerta entre consumidores em todo o país.
Por que o molho de pimenta foi proibido?
A ANVISA confirmou que o lote 4512823, fabricado pela empresa Magalhães e Ferraz Ltda., foi suspenso em todo o território nacional.
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A decisão consta na Resolução-RE nº 3.283, publicada no Diário Oficial da União em 27 de agosto de 2025.
Testes realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal (Lacen-DF) detectaram 31,4 mg/kg de dióxido de enxofre, substância que não aparecia na lista de ingredientes.
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Esse tipo de omissão fere as normas de rotulagem e pode representar risco à saúde de pessoas alérgicas ou com doenças respiratórias, já que o dióxido de enxofre é um aditivo controlado por lei e só pode ser utilizado quando devidamente declarado no rótulo.
Riscos reais
O consumo de produtos com ingredientes não declarados pode causar reações adversas como:
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- Irritações respiratórias;
- Crises alérgicas;
- Tonturas;
- Náuseas.
Especialmente em pessoas com asma ou sensibilidade a sulfitos (compostos à base de enxofre).
A Anvisa reforça que a transparência na rotulagem é uma exigência essencial para garantir a segurança alimentar.
Posição da empresa:
Até o momento, nem a Ubon nem a fabricante Magalhães e Ferraz Ltda. divulgaram nota oficial sobre o caso nem informaram quais medidas adotaram após a decisão da ANVISA.
No entanto, o espaço segue em aberto para que elas possam se manifestar ou dar os seus devidos esclarecimentos.
- Importância da empresa: De acordo com a página oficial da Ubon Alimentos, a marca faz parte da vida dos brasileiros há mais de 40 anos. Ela oferece uma variedade de produtos alimentícios com foco em sabor, qualidade e tradição, especialmente nas categorias de grãos, farinhas, temperos e itens culinários básicos.
Além disso, apurações indicam que a Magalhães fabricou este produto em específico para a marca de forma terceirizada, atingindo, assim, apenas este lote. Ou seja a empresa segue comercializando os demais produtos normalmente.
Medidas adotadas pela Anvisa
A decisão determinou que a empresa retirasse o o lote de circulação, recolhesse todas as unidades já distribuídas e que os comércios suspendessem a venda imediatamente.
A agência também orientou para que consumidores:
- Interrompessem o uso;
- Verificassem o número do lote antes do consumo;
- Entrassem em contato com o fabricante para devolução ou reembolso.
Ademais, qualquer reação adversa deve ser comunicada diretamente à ANVISA, por meio dos canais oficiais de notificação de eventos adversos.
Como comprar molhos com segurança?
A fim de evitar riscos, o consumidor deve verificar sempre o registro do produto na Anvisa, conferir se o rótulo apresenta informações completas sobre ingredientes e fabricante e desconfiar de itens sem procedência clara.
Produtos alimentícios seguros devem conter:
- Nome e CNPJ do fabricante;
- Lote, data de fabricação e validade;
- Número de registro sanitário;
- Lista completa de ingredientes.
Comprar de estabelecimentos formais e guardar a nota fiscal também ajuda a garantir a rastreabilidade e a segurança em caso de irregularidades. Mas, para saber mais informações sobre as determinações da ANVISA, clique aqui*
