Reações fortes e morte: Anvisa é acionada às pressas hoje (22) para proibição de nº1 que as 30+ usam no rosto

CFM aciona Anvisa às pressas para o órgão cravar a proibição do uso de uma substância em preenchimentos faciais

O Conselho Federal de Medicina (CFM) acaba de acionar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitando a proibição da substância PMMA em procedimentos estéticos.

Conforme apurado pelo TV FOCO, segundo o ‘G1’, essa substância que se popularizou nos últimos tempos tem provocado reações fortes e até mesmo a morte de pacientes devido ao seu uso.

De acordo com a Anvisa, “o país vive um grave problema de saúde pública com o uso indiscriminado do PMMA para fins estéticos, inclusive por não médicos”.

O que é PMMA?

• PMMA significa ‘polimetilmetacrilato’;
• Essa substância é um componente plástico;
• Ele pode ser usado em diversas situações;
• Inclusive na área da saúde e em outras produções;
• O PMMA é uma matéria-prima com vários setores de aplicação.

Anvisa recebe a solicitação do CFM

O Conselho Federal de Medicina (CFM) reiterou a postura contrária ao uso de PMMA para procedimentos estéticos, com base em posicionamentos de entidades médicas como a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Aliás, no ano passado, a SBCP, solicitou o banimento da substância pela Anvisa, destacando os riscos envolvidos nos fins estéticos e reparadores.

A Anvisa exige que o PMMA tenha registro específico para preenchimento subcutâneo, dado o seu alto risco. A substância só pode ser usada em dois contextos:

• para correção de lipodistrofia em pacientes com HIV/Aids, e
• para ajustes volumétricos em procedimentos reparadores.

Porém, o CFM aponta que o uso não autorizado do PMMA por profissionais não médicos, especialmente em grandes volumes e em áreas como os glúteos, tem se tornado uma prática crescente e arriscada.

De acordo com o CFM, o uso indiscriminado do PMMA para fins estéticos, sem seguir as normas estabelecidas, está gerando graves danos à população.

A bula do produto não indica o uso de grandes quantidades ou aplicações em locais não autorizados, e o uso fora das diretrizes coloca em risco a saúde dos pacientes.

O conselho reconhece a relevância do tratamento da lipodistrofia, mas afirma que, atualmente, métodos mais seguros, como o ácido polilático, hidroxiapatita de cálcio e a lipoenxertia autóloga, substituíram o PMMA na maioria dos casos, por oferecerem melhor perfil de segurança.

Conforme o ‘G1’, a Anvisa, por sua vez, afirmou que está analisando o documento enviado pelo CFM e que tomará as medidas cabíveis com base nas informações recebidas.

Considerações finais

O CFM acionou a Anvisa para proibir o uso do PMMA em procedimentos estéticos devido aos riscos graves, incluindo reações adversas e mortes.

Embora autorizado apenas para casos específicos, como a correção de lipodistrofia em pacientes com HIV/Aids e ajustes reparadores, o uso indiscriminado e por profissionais não médicos tem causado danos à saúde pública.

Alternativas mais seguras, como ácido polilático e hidroxiapatita de cálcio, já substituem o PMMA em muitos casos. A Anvisa analisa o pedido do CFM e deve tomar medidas para regulamentar o uso da substância.

Como a Anvisa atua?

A Anvisa é responsável por proteger a saúde pública no Brasil. Atua regulando e fiscalizando produtos (medicamentos, alimentos, cosméticos, agrotóxicos, dispositivos médicos) e serviços de saúde (hospitais, clínicas).

Realiza inspeções, monitora riscos, autoriza fabricação, importação e exportação, além de intervir em emergências sanitárias. Também colabora internacionalmente para garantir padrões de segurança e qualidade.

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