Armazenamento precário de medicamentos leva Anvisa a interditar gigante n°1 em São Paulo. Veja os detalhes
A segurança da saúde pública entrou em alerta após a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) interditar parcialmente armazéns de dois dos maiores operadores logísticos do Brasil.
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Conforme apurado pelo TV FOCO, a Santos Brasil e o terminal Ecoporto, localizados no complexo portuário de Santos, no litoral de São Paulo, tiveram partes interditas pelo órgão.
De acordo com o ‘G1’, a motivação da Anvisa se deu pelas condições inadequadas para armazenar medicamentos e produtos de saúde, com sérios riscos à integridade desses insumos.
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Armazenamento precário de medicamentos leva à interdição
De acordo com as informações divulgadas pela Anvisa, inspeções realizadas nos terminais revelaram uma série de irregularidades graves.
Entre elas, a ausência de controle de temperatura adequado para medicamentos que exigem conservação abaixo de 30 °C.
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Além de falta de qualificação térmica das instalações e até o recebimento de remédios controlados por locais sem a devida autorização sanitária.
As resoluções foram publicadas no Diário Oficial da União no último dia 28 e impõem a suspensão imediata do recebimento e armazenamento nas áreas interditadas de:
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- medicamentos;
- insumos farmacêuticos; e
- produtos médico-hospitalares.
Locais afetados pela medida da Anvisa
A Santos Brasil teve parte de suas operações suspensas nos armazéns localizados no bairro Alemoa (Santos) e no terminal da margem esquerda do cais, no Guarujá.
Esses armazéns operam em áreas sob a jurisdição da Receita Federal, onde são guardadas mercadorias importadas e exportadas antes do despacho aduaneiro.
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A Ecoporto, por sua vez, teve três de seus pátios interditados:
- o Pátio 1, que não possuía área adequada para desova de produtos sensíveis como medicamentos;
- o Pátio 2, sem condições adequadas para recebimento e inspeção sanitária; e
- o Pátio 5, da Termares Terminais Marítimos Especializados, que apresentava falhas semelhantes.
Quais atividades acabaram suspensas?
A Anvisa determinou a interdição parcial, ou seja, algumas atividades estão funcionando, mas toda armazenagem e movimentação de medicamentos e insumos farmacêuticos em cargas soltas ou desovadas está suspensa.
A Santos Brasil informou que essas cargas serão operadas exclusivamente por meio de contêineres, e que os demais tipos de carga continuam sendo movimentados normalmente.
A gravidade da situação
Medicamentos e produtos para a saúde precisam ser armazenados sob condições específicas para garantir sua eficácia e segurança.
O descuido com o controle de temperatura, umidade e exposição pode comprometer os princípios ativos dos medicamentos, colocando em risco o tratamento de milhares de pacientes.
Além disso, o armazenamento inadequado pode representar uma violação da cadeia de segurança sanitária, abrindo espaço para a deterioração de produtos ou até mesmo para a contaminação cruzada.
Retomada das atividades
A Anvisa esclareceu que as interdições seguem válidas até que todas as irregularidades acabem sendo corrigidas.
Ou seja, os terminais afetados precisarão passar por ajustes estruturais e comprovar conformidade sanitária para retomar a operação completa.
Enquanto isso, o destino dos medicamentos armazenados nos locais interditados ainda é incerto. Nem as empresas, nem a Anvisa divulgaram detalhes sobre quais produtos estavam nos armazéns e para onde serão redirecionados.
Considerações finais
- Alguns armazéns da Santos Brasil e do Ecoporto acabaram sendo interditados pela Anvisa devido a falhas de segurança de armazenagens.
- Armazenar medicamentos exige rigor técnico, estrutura adequada e responsabilidade com a saúde pública.
- Quando esse cuidado falha, o risco é grande, e a resposta das autoridades é imediata.
- Por fim, a população, por sua vez, precisa estar atenta à procedência dos produtos e confiar apenas em fornecedores devidamente regularizados e fiscalizados.
Como fazer uma denúncia para a Anvisa?
Fazer uma denúncia para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) envolve seguir alguns passos específicos. Aliás, aqui estão as orientações gerais para realizar uma denúncia:
- Acesse o Portal da Anvisa: Vá para o site oficial da Anvisa (www.gov.br/anvisa) e procure a seção destinada a denúncias. Geralmente, há uma área específica para esse fim.
- Escolha o tipo de denúncia: Identifique a categoria da sua denúncia. A Anvisa lida com diversos setores, como alimentos, medicamentos, produtos para a saúde, vigilância sanitária em portos, aeroportos e fronteiras, entre outros. Escolha a categoria mais adequada à sua situação.
- Preencha o formulário: Complete o formulário de denúncia com o máximo de informações possível. Forneça detalhes precisos sobre o ocorrido, incluindo data, local, descrição do problema e, se possível, dados sobre os produtos ou serviços envolvidos.
- Mantenha o anonimato, se desejado: Se preferir, a maioria dos formulários de denúncia permite que você mantenha seu anonimato. No entanto, fornecer suas informações de contato pode ser útil para a Anvisa entrar em contato com você, se necessário.
- Anexe documentos, se disponíveis: Se houver documentos relevantes, como fotos, vídeos ou outros registros, anexe-os à sua denúncia para fornecer evidências adicionais.
- Revise e envie: Antes de enviar a denúncia, revise todas as informações fornecidas para garantir precisão e clareza. Assim, depois, envie o formulário.
- Por fim, acompanhe o processo, se possível: Algumas plataformas fornecem um número de protocolo ou alguma forma de acompanhamento da denúncia. Anote essas informações para referência futura.
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