Informe da ANVISA: Por quê seu ketchup pode estar com fragmentos de pelo de ratos?

Informe da ANVISA revela por que ketchup pode ter fragmentos de insetos e pelo de rato e descubra os limites exatos.

23/11/2025 8h45

3 min de leitura

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Saiba o motivo pelo qual a ANVISA permite pelo de rato no seu ketchup (Foto Reprodução/Montagem/TV Foco/Lennita/Canva/GMN/ANVISA)

Informe da ANVISA revela por que ketchup pode ter fragmentos de insetos e pelo de rato e descubra os limites exatos

O ketchup é muito mais que um simples condimento no Brasil; ele é um item praticamente onipresente, acompanhando hambúrgueres, batatas fritas e até mesmo pratos tradicionais.

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No entanto, por trás da sua cor vibrante e do sabor inconfundivelmente adocicado, existe uma tolerância regulamentar que pode lhe causar espanto…

Isso porque, de acordo com um informe da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), fica permitida a presença de fragmentos estranhos, incluindo:

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  • Restos de insetos;
  • Fragmentos de pelos de roedores/ratos em quantidades mínimas no produto final.

A revelação traz uma dúvida imediata: por que a autoridade sanitária aceita essa realidade?

A resposta está na complexidade da produção industrial e na definição de padrões de segurança alimentar.

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A tolerância da RDC nº 14/2014

A permissão para esses elementos estranhos está definida pela Resolução RDC nº 14/2014 da ANVISA, que estabelece limites rigorosos para a presença de impurezas inevitáveis em alimentos.

Estes limites não são uma escolha, mas sim um reconhecimento técnico da dificuldade de alcançar a pureza absoluta na produção em larga escala.

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Os limites para o ketchup são claros e tecnicamente tolerados:

  • Fragmentos de Insetos: O produto pode conter até 10 fragmentos de insetos (como moscas e baratas) a cada 100 gramas de ketchup;
  • Pelos de Roedores: O limite é estipulado em um fragmento de pelo de roedor a cada 100 gramas do condimento.

Você deve entender que não precisam declarar esta informação no rótulo, pois as autoridades consideram a impureza inerente ao processo produtivo e não um ingrediente.

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Veja na imagem abaixo as principais tolerâncias:

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Outras tolerâncias estipuladas pela ANVISA para pelos e dejetos de insetos (Foto Reprodução/Youtube)

Por que a ideia de “zero contaminação” é impossível?

Mas você deve estar se perguntando: A ANVISA, que costuma ser tão rígida quanto à qualidade, por que permite esse tipo de situação?

A resposta é bem mais simples do que se imagina. Em suma, a autarquia justifica esta tolerância afirmando que é “praticamente impossível” eliminar completamente as impurezas.

O processo de fabricação do ketchup envolve diversas etapas em ambientes abertos e controlados:

  • Na lavoura: O tomate é colhido em ambiente natural, em que o contato com pragas, insetos e roedores é inevitável;
  • No transporte e armazenamento: Condições inadequadas podem expor a matéria-prima a novas contaminações;
  • No processamento: Mesmo com tecnologias de ponta e boas práticas de fabricação, a esterilização completa de partículas microscópicas é economicamente inviável e extremamente difícil de alcançar em escala industrial.

A regulamentação, portanto, estabelece um padrão de aceitabilidade que equilibra a segurança alimentar com a viabilidade econômica da produção.

Quando os fragmentos de insetos e ratos apresentam riscos reais?

A ANVISA reforça que, dentro dos limites estipulados, a presença desses fragmentos não representa risco imediato à saúde humana.

Afinal de contas, a ingestão de um número mínimo dessas partículas garante a integridade do produto, e não causa toxidade imediata.

O perigo só existe quando os limites são ultrapassados. Nesse cenário, o excesso de impurezas pode indicar falhas graves na higiene da fábrica ou no armazenamento, elevando o risco de contaminação microbiológica.

Ou seja, a ANVISA e a Vigilância Sanitária só intervêm e determinam o recolhimento imediato dos lotes que apresentam esses desvios do padrão.

Mantenha a calma, mesmo porque as autoridades sanitárias consideram o consumo do seu condimento favorito seguro, desde que os fabricantes respeitem os padrões de tolerância.

Mas, para saber mais informações da ANVISA, clique aqui*.

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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