Inseto na seringa? ANVISA proíbe lote de medicação comum entre idosos após grave descoberta

A ANVISA interditou dois medicamentos após suspeita de contaminação por inseto. Entenda o caso, as medidas da agência e os riscos para idosos.

10/10/2025 8h45

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ANVISA proíbe medicação por suspeita de contaminação (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/TV Foco/GMN)

A ANVISA interditou dois medicamentos após suspeita de contaminação por inseto. Entenda o caso, as medidas da agência e os riscos para idosos

Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) interditou dois medicamentos fabricados no Brasil, incluindo um antibiótico amplamente usado por idosos no tratamento de infecções respiratórias e urinárias.

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A medida, de caráter preventivo, surgiu após a suspeita de contaminação por inseto em uma das ampolas de anestésico, ou seja, podemos dizer que a chance de encontrar um inseto em uma seringa era grande.

Essa descoberta levou o órgão a determinar a suspensão imediata de uso, comercialização e distribuição dos produtos até a conclusão das análises técnicas.

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Lotes interditados

De acordo com o portal Metrópoles, o antibiótico Vancotrat 500 mg, da União Química Farmacêutica Nacional S/A, teve o Lote nº 2518163, com validade até abril de 2027, interditado depois de apresentar mudança de cor na solução, indício de possível contaminação.

Além disso, a ANVISA ressaltou que, embora não haja confirmação definitiva da presença de insetos neste lote, a alteração de tonalidade justifica a adoção da medida cautelar.

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O segundo medicamento, o anestésico cloridrato de lidocaína – 20 mg/ml, produzido pela Hypofarma – Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda., Lote nº 25010360, com validade até janeiro de 2027, também foi interditado após um inseto ser encontrado dentro de uma ampola.

A agência manteve a suspensão do uso em todo o país até que os resultados laboratoriais sejam concluídos.

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Manifestações:

Ainda de acordo com o Metrópoles, as empresas responsáveis, diante das denúncias, se manifestaram:

  • União Química Farmacêutica Nacional S/A: A empresa afirmou que segue integralmente as determinações da ANVISA e iniciou um processo interno de investigação e controle de qualidade. Informou ainda que apresentará os dados técnicos necessários para confirmar a segurança do produto e pretende solicitar a desinterdição do lote caso os testes comprovem conformidade com os padrões sanitários;
  • Hypofarma – Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda: A farmacêutica declarou que, após a notificação da ANVISA sobre a possível presença de um inseto, conduziu análises técnicas detalhadas e não encontrou indícios de contaminação. Disse também que enviou as respostas oficiais ao órgão e destacou que o próprio denunciante se retratou posteriormente, mas a empresa segue colaborando com as autoridades sanitárias.

Importância das empresas:

União Química Farmacêutica Nacional S/A:

A história da União Química nasceu em 1936 e é uma das dez maiores empresas farmacêuticas do Brasil, sendo a maior de capital 100% nacional.

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Além disso, ela garante a produção e distribuição de medicamentos e produtos de saúde humana e animal, investindo em biotecnologia e inovação.

Sua importância reside em fortalecer a autonomia industrial brasileira e contribuir para a saúde pública nacional e internacional.

Hypofarma – Instituto de Hypodermia e Farmácia Ltda:

A empresa existe desde 1948, com mais de 75 anos de atuação no mercado farmacêutico brasileiro, sendo especializada na produção e distribuição de medicamentos injetáveis.

Ou seja, são mais de 70 anos de conhecimento na área, oferecendo qualidade e compromisso para com seus clientes.

Lembrando que o caso relatado nesta matéria foi isolado e atingiu apenas os lotes mencionados, sendo assim, os demais produtos continuam sendo comercializados.

Quais riscos um medicamento contaminado representa?

A suspeita de contaminação por inseto em medicamentos injetáveis acende um alerta, principalmente entre idosos, grupo que apresenta maior vulnerabilidade imunológica.

Caso ocorra contaminação real, os riscos incluem:

  • Infecções bacterianas e fúngicas graves;
  • Reações alérgicas severas;
  • Redução da eficácia terapêutica;
  • Interações adversas com outros fármacos usados simultaneamente.

A recomendação nesses casos é:

  • Certificar o número do lote e a validade dos medicamentos;
  • Consultar um profissional de saúde em caso de dúvida.

A ANVISA também recomenda que denúncias ou reações adversas sejam comunicadas à Vigilância Sanitária local.

Inclusive, a agência tem ampliado a fiscalização de lotes de antibióticos, anestésicos e medicamentos hospitalares, reforçando a importância do controle rigoroso no processo de fabricação.

Mesmo sendo uma medida temporária, a interdição é um mecanismo essencial de proteção à saúde pública.

A ANVISA adota essas medidas sempre que identifica suspeitas de irregularidades ou riscos potenciais, suspendendo o uso dos produtos até confirmar sua segurança total.

Mas, para saber mais casos envolvendo a ANVISA, clique aqui.*

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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