Alerta: Operação da ANVISA revela riscos graves em produtos populares para alisar cabelo e lista entra no facão por apresentar riscos reais
O perigo pode estar na chapinha ou na progressiva que você escolhe nos salões neste exato momento.
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Isso porque, em uma ação fiscalizatória recente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) proibiu diversos alisantes capilares, incluindo progressivas, as quais figuravam entre os preferidos de mulheres em salões de beleza.
A medida foi tomada após a constatação de irregularidades graves na fabricação desses produtos, que podem comprometer a saúde dos consumidores.
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Inclusive, ainda em junho de 2025, a ANVISA, em parceria com as vigilâncias sanitárias estadual e municipais de São Paulo, realizou uma operação chamada “Alisamento Seguro”.
A iniciativa visou inspecionar as condições sanitárias de empresas fabricantes de alisantes e verificar a regularidade dos produtos colocados no mercado.
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O objetivo central foi identificar produtos que apresentassem risco à saúde dos usuários.
Fiscalização em sete fábricas:
De acordo com os dados oficiais da autarquia, a operação concentrou-se em sete estabelecimentos localizados nas cidades de:
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- Dumont;
- Mairiporã;
- Piratininga;
- Santópolis do Aguapeí;
- Sumaré.
Todas no estado de São Paulo. Das sete, cinco tiveram suas atividades interditadas devido às más condições encontradas.
As principais falhas detectadas incluem:
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- Registro irregular dos produtos: Os alisantes estavam “notificados” em vez de registrados na ANVISA. Alisantes são considerados cosméticos de maior risco e devem passar por registro rigoroso para comprovação de segurança e eficácia antes da comercialização.
- Descumprimento das Boas Práticas de Fabricação (BPF): Irregularidades na documentação, ausência de controle de qualidade e armazenamento inadequado de matérias-primas.
- Uso de substâncias proibidas: Substâncias como o ácido glioxílico, encontrado em concentrações incompatíveis e sem autorização para uso em alisantes capilares.
- Problemas de higiene e segurança: Produtos armazenados em locais inadequados, etapas do processo realizadas em cozinhas domésticas, equipamentos sem manutenção e ausência de responsáveis técnicos.
Além disso, foram constatadas embalagens de matérias-primas sem rotulagem ou identificação de lote, o que inviabiliza a rastreabilidade e pode dificultar o recolhimento de produtos contaminados ou defeituosos.
Perigos do ácido glioxílico e formol:
Pois é, apesar do ácido glioxílico, apesar de ainda ser encontrado em algumas formulações, ele não tem autorização da ANVISA para uso com a função de alisamento capilar.
A fiscalização identificou 35 toneladas dessa substância em uma das empresas, sem qualquer controle ou rastreabilidade, o que representa um risco sanitário grave.
O formol, outra substância comumente associada a alisamentos, não é permitido como ativo em produtos cosméticos para alisar devido ao seu perfil tóxico e potencial carcinogênico.
Além disso, o uso dessas substâncias pode caracterizar fraude e expor o consumidor a riscos severos.
Quais são os riscos reais para quem usa alisantes irregulares?
Em suma, o uso de produtos alisantes não registrados e fabricados de forma inadequada pode provocar danos significativos à saúde do consumidor, entre eles:
- Queimaduras graves no couro cabeludo: Devido a substâncias químicas agressivas presentes em concentrações fora dos padrões seguros.
- Danos à córnea e mucosas: Contato acidental com os olhos pode causar irritação severa e até perda parcial da visão.
- Queda e quebra dos fios: Além do risco estético, a fragilidade dos fios pode abrir caminho para infecções e outros problemas dermatológicos.
- Reações alérgicas e intoxicações: Alguns ingredientes podem desencadear alergias graves e intoxicações agudas, demandando atendimento médico imediato.
Medidas da ANVISA e empresas interditadas:
Como resultado da operação, a ANVISA publicou no Diário Oficial da União, em 2 de julho de 2025, as Resoluções RE 2.442 e RE 2.443, que cancelaram o registro dos produtos irregulares.
Além disso, as medidas impuseram medidas preventivas às empresas, incluindo a mencionada proibição dos alisantes, além de obrigar o recolhimento dos estoques.
A ANVISA também retirou o efeito suspensivo de eventuais recursos administrativos interpostos pelas empresas, garantindo a efetividade das ações.
Confira abaixo as empresas e suas situações:
Empresa | Município | Resultado da Ação |
---|---|---|
EVOLUTION INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COSMÉTICOS LTDA. | Mairiporã | Licença sanitária cancelada e auto de infração |
SL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. | Mairiporã | Interdição parcial e auto de infração |
HIRO DO BRASIL INDÚSTRIA DE COSMÉTICOS LTDA. | Dumont | Suspensão da fabricação e multa |
HRT DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COSMÉTICOS LTDA. | Sumaré | Interdição e auto de infração |
MARIA DAS GRAÇAS OLIVEIRA DA SILVA | Santópolis do Aguapeí | Interdição total |
PACK FOR YOU INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COSMÉTICOS | Piratininga | Interdição parcial |
PACK TO YOU INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COSMÉTICOS | Piratininga | Sem licença e interdição parcial |
Como identificar um alisante seguro para o consumidor?
Para garantir a segurança, o consumidor deve consultar se o produto que pretende usar está devidamente registrado na ANVISA.
Isso pode ser feito pelo site oficial, onde há uma lista atualizada de alisantes autorizados.
Dicas para o consumidor:
- Verifique o número de registro da ANVISA no rótulo: O número do processo deve estar presente e legível.
- Leia as advertências obrigatórias, como “Não aplicar em couro cabeludo irritado ou lesionado” e “Evitar contato com olhos e mucosas”.
- Desconfie de produtos vendidos informalmente ou indicados exclusivamente por influenciadores digitais sem respaldo técnico.
- Faça teste de mecha antes de usar qualquer produto para evitar reações alérgicas. – Para saber mais casos envolvendo produtos semelhantes, clique aqui*
Como funciona a regulamentação atual para alisantes capilares?
A ANVISA, pela RDC 906/2024 e Instrução Normativa 220/2023, define os requisitos para registro, fabricação e comercialização de alisantes.
Somente ingredientes ativos listados e autorizados podem ser usados, como:
- Ácido tioglicólico e seus sais;
- Ésteres do ácido tioglicólico;
- Hidróxidos de sódio, potássio, lítio e guanidina;
- Sulfitos e bissulfitos inorgânicos;
- Pirogalol.
O uso fora desses parâmetros é ilegal e perigoso.
Falando nisso, você já verificou se o seu produto de alisamento está registrado na ANVISA?
Compartilhe esta informação para alertar outras pessoas sobre os riscos invisíveis que podem estar presentes no salão de beleza.
Afinal de contas, a prevenção começa com informação.
Conclusão:
Em suma, a recente ação da ANVISA revela um problema grave que pode estar presente no salão de beleza da sua cidade.
Produtos irregulares colocam em risco a saúde da população, principalmente quando envolvem substâncias químicas proibidas.
Sendo assim, a fim de se proteger, exija sempre alisantes registrados e de empresas confiáveis.
Afinal de contas, a segurança não é luxo, é obrigação. Mas, para mais alertas da ANVISA e demais proibições, clique aqui. *