Decreto da ANVISA proíbe suplemento nº1 da cozinha dos brasileiros

Anvisa decreta proibição de suplementos com erva queridinha das cozinhas brasileiras após apresentarem certos riscos à saúde.

08/05/2025 9h59

3 min de leitura

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ANVISA proíbe suplemento nº1 das cozinhas (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco/Canva/Lennita)

ANVISA decreta proibição de suplementos com erva queridinha das cozinhas brasileiras

Em abril de 2025, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) baixou um decreto proibindo a comercialização de suplementos alimentares com uma planta amplamente consumida nas cozinhas brasileiras.

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Trata-se do ora-pro-nóbis, considerado o nº1 na busca por alternativas naturais e funcionais e que tem presença cativa em receitas caseiras, especialmente em Goiás e Minas Gerais.

MAS ATENÇÃO! A medida, no entanto, não afeta o consumo da planta in natura — apenas sua forma concentrada em cápsulas e outros suplementos.

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A partir de informações do portal G1, a equipe especializada em fiscalização do TV Foco traz abaixo os motivos da proibição e como consumir sem riscos.

Anvisa
ANVISA (Foto: Reprodução/Internet)

Por que a Anvisa proibiu?

A decisão da ANVISA se baseia na ausência de aprovação da ora-pro-nóbis como constituinte permitido em suplementos alimentares.

  • De acordo com a agência, qualquer ingrediente que integre esse tipo de produto precisa passar por rigorosa avaliação científica que comprove sua segurança e eficácia.
  • Ou seja, é dever das empresas interessadas apresentar estudos que demonstrem que o item é fonte significativa de nutrientes ou substâncias bioativas benéficas à saúde humana.
  • Como essa exigência não foi cumprida para a Pereskia aculeata — nome científico da ora-pro-nóbis —, os suplementos à base da planta foram automaticamente enquadrados como irregulares.

Além disso, a ANVISA lembra que suplementos não são medicamentos e, por isso, não podem prometer efeitos terapêuticos como prevenção ou tratamento de doenças.

suplemento ora-pro-nóbis
Suplemento com ora-pro-nóbis foi proibido pela ANVISA (Foto Reprodução/Montagem/G1)

Mas a planta do ora-pro-nóbis continua liberada?

Sim, conforme citado acima, o consumo da ora-pro-nóbis segue autorizado desde que seja de forma in natura.

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Rica em proteínas, fibras, ferro, cálcio e vitaminas A e B3, a planta é classificada como uma PANC (Planta Alimentícia Não Convencional) e pode ser consumida em:

  • Saladas;
  • Chás;
  • Refogados;
  • Caldos.

Além disso, entre os benefícios reconhecidos da planta natural estão:

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  • Fortalecimento do sistema imunológico;
  • Auxílio na digestão;
  • Prevenção da anemia;
  • Manutenção da saúde ocular.

No entanto, o uso concentrado — como o que ocorre em suplementos — traz riscos.

O consumo do ora pró-nóbis só pode ser feito in natura (Foto Reprodução/Internet)
O consumo do ora pró-nóbis só pode ser feito in natura (Foto Reprodução/Internet)

De acordo com a nutricionista Adriana Molica, a presença de compostos como oxalatos, que, em excesso, podem contribuir para a formação de cálculos renais.

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Isso sem mencionar os fatores antinutricionais que podem reduzir a absorção de nutrientes importantes quando consumidos em grandes quantidades.

A médica nutróloga Eline de Almeida Soriano, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), reforça que o potencial nutricional da ora-pro-nóbis é inegável, mas seu uso em suplementos exige mais evidências científicas.

Ela lembra que o consumo regular e em doses elevadas precisa ser avaliado com critério para garantir a segurança da população.

Inclusive, muitos fabricantes promovem a ora-pro-nóbis em cápsulas com alegações terapêuticas infundadas — prática que infringe as normas sanitárias, pois a legislação proíbe tratar suplementos como medicamentos.

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Conclusão:

Em suma, o veto da ANVISA é uma medida de cautela fundamentada na falta de comprovação científica para o uso da ora-pro-nóbis em suplementos.

A planta permanece como uma opção nutritiva e segura quando consumida de forma natural.

O episódio reforça a importância de distinguir tradição culinária de uso farmacológico.

Suplementar sem ciência é se arriscar sem rede de proteção.

Mas, para saber sobre mais interdições como essa envolvendo a ANVISA ou Vigilância Sanitária, clique aqui*.

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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