
Augusto Nunes (Foto: Reprodução)
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Apresentador do Roda Viva até março deste ano, o jornalista Augusto Nunes fez várias revelações sobre o programa em entrevista ao canal de Marcelo Bonfá no YouTube. Na ocasião, ele disse que optou por deixar a TV Cultura por causa de pressões políticas nos bastidores.
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A emissora é mantida pelo governo de São Paulo e, segundo ele, os conselheiros do canal interviam diretamente no seu trabalho, forçando nomes para serem entrevistados: “Havia uma pressão para que a gente começasse a convidar políticos amigos dos conselheiros”.
“Eu deixava a escolha dos entrevistadores para a produção. Só queria jornalistas independentes, que formulassem perguntas objetivas. Mas eles começaram a sugerir nomes, a fazer pressão. O conselho da Cultura tem um bando de gente que passa o dia por lá”, conta.
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“Eles são aposentados, têm tempo de sobra, ficam ali só fazendo fofoca. Questionei se o jornalismo ia voltar a ter controle sobre o Roda Viva ou se essa pressão ia continuar”, conta ainda. O presidente da emissora, no entanto respondeu: “Olha, esse ano é eleitoral, eu devo dizer que vai piorar”.
“Falavam: ‘Tem que chamar o ministro da Educação, o das Comunicações, o da Saúde….’. [Eu dizia] Mas nós já chamamos, eles vieram aqui quando assumiram’. [E rebatiam] ‘É, mas são compromissos…’. Eles vêm aqui para se elogiarem, todos querem dizer que fizeram um grande trabalho”, explica.
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“Alguns conselheiros diziam que só ia gente que não era de esquerda. Mas foram vários de esquerda, todos bem tratados. Outros só não foram porque recusaram. O Lula e a Dilma, por exemplo, eu convidava todo mês. Convidei durante anos, eles nunca quiseram ir”, explica.
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Augusto Nunes (Foto: Divulgação)
“Falei: ‘Eu não quero mais, não. Topo fazer as entrevistas com os ministros, mas minha última data eu quero para mim’. Eu gosto de ficar em qualquer cargo pelo tempo de um mandato político, porque você vai se desgastando naturalmente por episódios assim”, lamenta.
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“Eu me livrei dessas pressões que nunca tolerei, e que já posso dispensar a essa altura da vida. Porque ninguém é de ferro. Mandei meu recado: ‘Espero que o programa continue seguindo a rota do jornalismo independente’. Eu fiz a advertência. Se o Roda Viva seguir, ele sobrevive; senão, ele morre”, finalizou.
Confira na íntegra: