Até que horas pode tomar café sem afetar o sono? Ciência responde

A crença de que café à noite tira o sono é antiga — mas será que é verdade? A ciência investigou e revelou com precisão o horário ideal para tomar café e dormir bem
O café é parte indissociável do cotidiano brasileiro. Presente desde o café da manhã até o fim do expediente, ele é sinônimo de rotina, produtividade e prazer.
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Mas, apesar da popularidade, uma dúvida persiste entre os consumidores:
“Afinal, tomar café à noite realmente atrapalha o sono?”
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A resposta para essa pergunta envolve:
- Bioquímica;
- Metabolismo;
- Uma dose de autoconhecimento.
Com base no portal Viva Bem, explicamos o que a ciência descobriu sobre:
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- Os efeitos do café no corpo;
- Quando o consumo começa a interferir no descanso;
- Quais cuidados devem ser tomados para manter o equilíbrio entre energia e qualidade de sono?
Como o café age no cérebro e por que ele pode prejudicar o sono?
O principal composto ativo do café é a cafeína, uma substância psicoativa que atua diretamente no sistema nervoso central.
Ao ser ingerida, ela bloqueia os receptores de adenosina, neurotransmissor responsável por induzir a sensação de cansaço e promover o sono.
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Ao inibir a ação da adenosina, a cafeína mantém o cérebro em estado de alerta, aumenta o estado de vigília, melhora temporariamente o desempenho cognitivo e reduz a percepção de fadiga.
Essa ação explica por que o café é um estimulante tão eficaz, especialmente nas primeiras horas do dia.
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Contudo, o mesmo efeito que desperta pela manhã pode se tornar um obstáculo à noite.
A interferência da cafeína no ritmo circadiano — o “relógio biológico” que regula sono e vigília — reduz a capacidade de adormecer e compromete a profundidade do sono.
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Pesquisas mostram que o impacto da cafeína no sono não se limita à dificuldade para pegar no sono, como também:
- Reduz a quantidade de sono profundo (fase essencial para a recuperação física e mental),
- Fragmenta o ciclo do sono;
- Encurta o tempo total dormido, mesmo quando o consumo ocorre horas antes de se deitar.
De corpo para corpo …
Porém, a velocidade com que o corpo metaboliza a cafeína varia de pessoa para pessoa.
Essa diferença depende de fatores como:
- Idade;
- Peso corporal;
- Nível de atividade física;
- Uso de medicamentos e, especialmente, genética.
Entretanto, pessoas com metabolismo lento eliminam a substância de forma mais demorada, o que prolonga seus efeitos estimulantes.
Além disso, quem consome cafeína com frequência pode desenvolver tolerância parcial, ou seja, o organismo passa a responder de forma menos intensa à mesma quantidade.
No entanto, isso não impede que o consumo em horários inadequados continue afetando o sono — muitas vezes sem que a pessoa perceba.
Qual melhor horário para tomar café e não prejudicar o sono?
Uma revisão de estudos publicada na revista científica Sleep trouxe uma estimativa clara.
Para evitar prejuízos ao sono, a cafeína deve ser consumida até 8,8 horas antes do horário em que a pessoa pretende dormir.
Em termos práticos, se alguém costuma se deitar às 22h, o último cafezinho deve ser tomado até as 13h.
Esse intervalo respeita o tempo necessário para que o organismo metabolize a substância e diminua seu efeito sobre o cérebro.
A recomendação se baseia no conceito de meia-vida da cafeína, que é o tempo que o corpo leva para eliminar metade da substância ingerida.
Essa meia-vida pode variar entre 3 a 7 horas, mas o impacto total pode durar até 10 horas em pessoas mais sensíveis ou com metabolismo lento.
Por isso, é prudente adotar um limite de segurança e evitar o café nas horas finais do dia, mesmo que a sensação de cansaço já esteja presente.
Quais cuidados os consumidores de café devem ter?
Consumir café com moderação e consciência é fundamental para obter seus benefícios sem comprometer o bem-estar; Veja os principais cuidados recomendados por especialistas:
- Limite a dose diária: A Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos (EFSA) recomenda o consumo máximo de 400 mg de cafeína por dia para adultos saudáveis — o que equivale a cerca de 4 xícaras de café coado.
- Monitore sua sensibilidade individual: Se você é mais sensível à cafeína, o ideal é antecipar ainda mais o consumo.
- Reduza gradualmente se necessário: Quem deseja melhorar o sono sem cortar o café abruptamente pode reduzir a ingestão ao longo de dias ou semanas.
- Cuidado com outras fontes de cafeína, como refrigerantes, energéticos, chás escuros e até suplementos.
- Prefira métodos de preparo menos concentrados, como o café coado, que possui menos cafeína do que o espresso ou o cold brew.
Conclusão
Em suma, o café pode ser um grande aliado da disposição e do foco, mas precisa ser consumido com responsabilidade — principalmente quando o assunto é o sono.
A ciência já demonstrou que a cafeína tem efeitos duradouros no organismo e pode atrapalhar significativamente o descanso noturno.
A boa notícia é que, com planejamento e informação, é possível manter o hábito do café sem comprometer a qualidade de vida. O equilíbrio está no relógio — e na xícara.
Mas, para saber outras curiosidades interessantes, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.