Ator da Globo rompe o silêncio, assume ser gay e expõe namoro com outro homem: “Me aceito”

Ator da Globo rompe o silêncio, assume ser gay e revela namoro com outro homem

Pedro Fernandes chegou à novela Dona de Mim carregando uma história intensa e um personagem que promete fazer rir e refletir ao mesmo tempo. Ele interpreta Peter, um jovem que trabalha na padaria do pai e enfrenta, com humor, as pequenas grandes barreiras da vida.

Contudo, a trama das 19h da Globo mostra a vida cotidiana com pessoas com deficiência, mas Pedro traz para as telinhas algo ainda mais pessoal: a experiência de alguém que precisou lutar para se aceitar em dois mundos que muitas vezes ignoram sua existência, o LGBT e o universo das pessoas com deficiência.

Além disso, ele diz que entender seu corpo e seu desejo não foi simples. Foi uma batalha interna, solitária, com momentos de dúvida e medo, e também uma confrontação constante com a visão da família e da sociedade.

Quem é Pedro Fernandes?

O ator, natural de Petrópolis, revela que aceitar-se como homem gay com deficiência exigiu mais coragem do que qualquer papel que tenha feito antes. Ele lembra do relacionamento que teve, dos quatro anos que passou tentando conciliar amor e aceitação própria, e de como o preconceito, mesmo dentro do movimento LGBT, pesou em momentos cruciais.

“Nem sempre a gente encontra acolhimento, mesmo nos lugares que deveriam nos apoiar”, ele desabafa. Cada gesto de visibilidade que ele faz hoje carrega o peso dessa história e a força da superação.

Pedro vê seu papel na novela como uma chance de derrubar muros invisíveis. Ele quer que Peter seja mais que entretenimento; quer que seja exemplo. Um personagem que mostre que a deficiência não define limitações, mas apenas experiências diferentes.

O humor do personagem funciona como ponte, aproxima o público, cria empatia e faz com que as pessoas percebam que cada corpo, cada história, merece espaço. E é exatamente isso que Pedro quer: que a televisão reflita a pluralidade da vida real.

Por fim, ao assumir-se publicamente, ele não só se posiciona como homem gay com deficiência, mas também faz um gesto político de resistência. Cada entrevista, cada foto, cada fala nas redes sociais carrega essa intenção. Ele acredita que a representatividade abre caminhos para outros se sentirem vistos, compreendidos e, principalmente, aceitos. E ele não quer apenas visibilidade; quer transformação.