
Agenor em Segundo Sol (Foto: Reprodução)
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Em Segundo Sol, o machista Agenor (Roberto Bonfim) maltrata sua esposa Nice (Kelzy Ecard) e a filha Rosa (Letícia Colin). O intérprete agora teme a repercussão nas ruas.
“Faço um escroto infeliz. Vou levar pedrada e apanhar no meio da rua”, declarou em entrevista ao Notícias da TV. “Ele entra em casa e já começa a torturar [verbalmente] a mulher. Ele nunca está contente com nada. Quando o prédio desaba, a filha prostituta vai botar eles num apartamento legal. Mas ele fica reclamando até descobrir que ela é prostituta. Aí, minha filha, sai da frente, que o pior dele será mostrado”, revela Bonfim.
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Aos 73 anos, o ator revela que o personagem é um presente. “Mas não é clichê, não, eu explico. Fiz muito bandido na minha carreira, mas ultimamente só estava fazendo papéis de bonachão. Então, caiu esse homem negativo, uma prenda, na minha mão”, diz. O seu último trabalho na TV foi em Império (2014), de Aguinaldo Silva.
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“Tem rico e tem pobre assim. É uma descrição clara de um brasileiro conservador, que vive em outra época e não aceita as mudanças. Um cara que é amargurado, que o trabalho machuca, e ele desconta sua raiva em casa”, opina Bonfim.
O ator ainda diz que é um papel fácil de fazer porque Agenor “tem alma”, que destoa com os vários vilões que fez ao longo da carreira. “Aprendi que, com vilão, tem que ir fundo no personagem, porque indo fundo você descobre a humanidade dele. Todo mundo tem um lado bom, por mais mau que seja. Já com o Agenor, ele não é um cara mau, ele provém a família, tem caráter, mas tem uma visão antiga que precisa mudar. Discutir essa postura dele ainda é necessário, infelizmente”, declara o artista.
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