
Benê em Malhação (Foto: Reprodução/TV Globo)
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A atriz Daphne Bozaski faz sucesso na novela Malhação como a Benê, uma adolescente com Síndrome de Asperger, um estado do espectro autista. Aos 25 anos, ela declara que o papel mudou sua vida e tem contribuído para o país como um todo.
“Muitas pessoas me param na rua e mandam mensagens na minha página do Facebook. Recebi críticas muito positivas sobre a importância de retratar o autismo, e quando alguém comentava coisas como ‘que menina retardada’ ou ‘muito esquisita essa Benê’, muitas pessoas a defendiam, explicavam que ela era autista e que a pessoa devia se informar antes de comentar coisas do tipo”, revela em entrevista para o Notícias da TV.
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“Além de ser um entretenimento para quem está assistindo, este trabalho está educando, informando sobre algo importante, fazendo as pessoas repensarem suas atitudes e maneiras de pensar. Com certeza Benê foi um marco para mim e para minha carreira, levo essa experiência para toda a minha vida. A maneira como olho o mundo hoje tem um pouco do olhar da Benê, levo seu olhar mais sincero”, declara.
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No início da atual temporada da trama, Benê ainda não era diagnosticada com autismo. Ela apresentava comportamentos peculiares, como dificuldade de expressar emoções e fazer amigos, de entender ironias e convenções sociais e apresentava um comportamento obsessivo, no caso, por corrida.
Ao longo do tempo, a estudante teve a ajuda de psicólogos e professores para descobrir que tem síndrome de Asperger. “Benê exigiu muito mais estudo. Fui me aprofundando, pesquisando e conhecendo pessoas ‘Aspies’. Tive ajuda do Instituto Priorit no Rio de Janeiro; lá me explicaram o que era o espectro autista e qual era o grau do autismo da Benê. Conversei muito com o diretor-geral Paulo Silvestrini, que me orientou, li alguns livros e assisti a muitos filmes e séries que abordavam as situações pelas quais Benê iria passar, como a questão do bullying”, relata Daphne.
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Para Daphne, o grande marco de Benê foi trazer luz sobre a questão do autismo, principalmente para os que sofriam preconceito por serem Aspergers ou conviviam com pessoas assim e não sabiam identificar a síndrome. Sua cena favorita é a que Benê explicou para o próprio pai sua condição.
“Asperger é uma síndrome que afeta a minha capacidade de socialização. E descobrir isso foi muito bom. De repente, por causa disso, eu descobri um monte de coisas sobre mim. Eu sou uma autista com habilidade para fazer muitas coisas. E isso não é uma doença, é uma diferença humana”, declarou a personagem na cena em questão.
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