As autoescolas podem estar com os dias contados após nova proposta de lei avançar e trazer mudanças radicais na CNH
Quem nunca deixou de tirar a tão sonhada CNH por ser um processo muito caro? Essa é uma realidade muito comum no Brasil. Todo mundo conhece alguém que sonha poder dirigir dentro da lei, mas que o bolso sempre atrapalha. Contudo, isso pode acabar mudando. O governo federal, sob o ministro dos Transportes Renan Filho, apresentou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma proposta para tornar facultativa a obrigatoriedade de frequentar autoescolas nas categorias A e B.
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A intenção oficial é reduzir o custo e o tempo necessário para obter a CNH, atendendo especialmente pessoas de baixa renda que atualmente enfrentam barreiras financeiras e burocráticas. As provas teórica e prática seguirão obrigatórias. Com isso, qualquer pessoa poderá se inscrever, com ou sem aula formal em CFC.
Por que tirar a CNH é tão caro?
A estimativa do Ministério dos Transportes é que o processo de habilitação, hoje com valor médio entre R$ 3.000 e R$ 4.000, caia em até 80% com a proposta. As 20 horas de aula prática deixam de ser exigidas, e o candidato poderá aprender a dirigir por conta própria, com material gratuito disponibilizado pela Senatran ou em parceria com um instrutor autônomo credenciado, sem vínculo com autoescolas.
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Essa proposta se justifica por dados que evidenciam exclusão social. Acontece que cerca de 45% dos motociclistas e 39% dos motoristas de automóveis circulam sem habilitação. Além disso, uma pesquisa do Ministério indicou que 60% das mulheres em idade legal ainda não possuem CNH, reflexo direto da desigualdade de acesso.
Ao permitir o aprendizado em circuito fechado ou com orientação simplificada, o governo busca inserir mais pessoas no mercado formal e oferecer oportunidades profissionais que exigem habilitação.
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As autoescolas vão acabar?
O ramo das autoescolas rugiu furiosamente. A Federação Nacional das Autoescolas Feneauto avisou, enfatizando que o fim da obrigatoriedade conseguiria fechar mais de 15 mil CFCs, além de destruir uns 300 mil empregos. A proposta foi taxada pela entidade como uma ameaça séria à educação nas estradas e à qualidade da CNH concedida.
Legalmente, garantir essa mudança deverá ocorrer sem a necessidade de lei. Isso porque a atual exigência de horas/aula decorre de resolução do Contran, vigente desde a implantação do Código de Trânsito Brasileiro em 1998. Por isso, bastaria um ato executivo para revogar a norma. Projetos no Congresso, como o PL 4474/2020, já tramitaram em anos anteriores para propor medida semelhante.
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