
Artur Xexéo (Anderson Borde/Ag.News)
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O jornalista Artur Xexéo, que lançou a biografia “Hebe” (editora Record) na última quarta (10), no Rio de Janeiro, esclareceu sobre uma polêmica da apresentadora Hebe Camargo: ela esteve na primeira passeata contra o governo do João Goulart, em 1964, a Marcha da Família com Deus pela Liberdade.
Há um registro em foto da apresentadora ao lado de outras mulheres pedindo “Abaixo João Goulart”. No entanto, Xexéo garante que o ato não teve nada a ver com política. “Ela disse que estava saindo do cabeleireiro e viu aquelas mulheres passando, tão felizes e foi atrás. Ela diz que não sabia, não sei se é verdade“, contou aos risos, para o UOL.
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“Ela era uma mulher muito espontânea, não guardava muitos segredos. Ia para a TV e dividia com os telespectadores as particularidades dela. O medo que eu tinha era de não ter novidade para contar”, afirma. Artur Xexéo é comentarista do “Estudio I” da GloboNews e do Oscar na Globo.
“Ela cantava muito Carmen Miranda, tinha uma coisa brejeira. Mas quando ela pôde impor o que ela gostava foi muito bom. Cantou muita bossa nova, Vinicius, Tom Jobim, Baden Powell. Foi produzida pelos melhores produtores de discos do Brasil, e todos se derretem por ela. Porque era uma grande cantora, era afinadíssima, não errava, gravava de primeira”, recorda.
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O apresentador também deu seu lado de “fanboy” da artista. “No dia do programa da Hebe parava tudo. O que ela fazia era entreter, mesmo na entrevista. Quando ela conseguia uma gargalhada, ela ficava feliz. A pergunta deu certo”, conta.
Mesmo já sendo conhecedor da vida e obra dela, o autor declara que se surpreendeu com as descobertas que fez para o livro. “Eu tinha uma imagem da dondoca, que vai muito ao cabeleireiro, que está sempre renovando o louro do cabelo, as joias… E eu descobri uma mulher muito generosa, solidária, muito amiga das pessoas, que me impressionou muito“, afirma.
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Além disso, ele diz que não é possível substituí-la. “É um tipo de talento que acho que não se busca mais. Muito versátil, cantora e apresentadora, muito íntima da televisão, muito rainha do auditório. É um tipo de tarefa que não se faz mais”, explica.
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