Lauro César Muniz segue afastado da televisão. (Foto: Reprodução)

Em tempos onde os autores veteranos voltaram a ganhar prestígio na Globo com novelas que vêm resgatando a grande audiência da emissora no horário nobre, um nome famoso da dramaturgia brasileira segue desempregado: Lauro César Muniz.

Como bem lembra a jornalista Cristina Padiglione em seu site, o autor de tramas como O Casarão (1976), O Salvador da Pátria (1989) e a minissérie Chiquinha Gonzaga (1999), na Globo, além de Cidadão Brasileiro (2006) e Poder Paralelo (2010), na Record, completa 80 anos nesta terça-feira (16).

A idade, aliás, não parece servir de justificativa para a falta de oportunidades do veterano na televisão, uma vez que a Globo, por exemplo, ainda mantém vínculo com autores de idade avançada como Walther Negrão, Gilberto Braga, Manoel Carlos e Benedito Ruy Barbosa, que já chegam a atingir a marca de 86 anos.

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Em 2015, Lauro deixou a Record e acertou o seu retorno à Globo. O autor chegou a apresentar uma sinopse de folhetim para a faixa das 21h, mas foi dispensado pela emissora carioca após seis meses de contrato. Para surpresa de muitos, o veterano declarou, na época, que achou a decisão justa: “Fiquei surpreso porque a iniciativa de voltar à TV Globo não foi minha, mas de um diretor artístico que me convidou. Tudo parecia absolutamente certo. No entanto, entendi o ponto de vista de quem me deu a notícia de que a minha volta não seria possível agora em vista da crise político-econômica do país. Houve uma decisão geral sobre contratações. E eu não seria exceção. Achei justa a explicação”.

Sem novas oportunidades na televisão, Lauro tenta a sorte no cinema e vem escrevendo alguns projetos sob encomenda para as telonas, mas sem contrato fixo com produtoras.

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