Aviso da ANVISA hoje 13/6 a clientes que consomem esse café

Marca de café popular, amplamente conhecida no Brasil, acabou entrando no radar da ANVISA e comunicado de retirada surpreende
O café é mais do que uma bebida no Brasil, é praticamente um ritual, companhia e impulso para enfrentar os desafios do cotidiano.
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Ele está presente no começo da manhã, no intervalo do trabalho, nas conversas rápidas e nos momentos de pausa.
Mas, diante do consumo massivo, a segurança do que se bebe torna-se essencial — e, quando um produto coloca em risco a saúde do consumidor, o alerta precisa ser imediato.
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Inclusive, consumidores da marca de pó de café, Pingo Preto, devem prestar atenção em um aviso da ANVISA nesta sexta-feira (13).
Sendo assim, com base em informações oficiais da autarquia, a equipe especializada em fiscalização e serviços do TV Foco traz todo o cenário e as medidas tomadas abaixo.
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Café que não é café:
Pois é, no dia 2 de junho de 2025, a ANVISA publicou no Diário Oficial da União a Resolução nº 2.063, determinando a proibição do produto “Pó para preparo de bebida sabor café preto” da marca Pingo Preto.
O item é fabricado pela empresa Jurere Caffe Comércio de Alimentos Ltda., sediada em Tijucas (SC), e a inspeção realizada pelo Ministério da Agricultura constatou que o produto usava matéria-prima imprópria para o consumo humano, contaminada com Ocratoxina A.
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Para quem não sabe, trata-se de uma micotoxina associada a:
- Danos renais;
- Danos hepáticos;
- Problemas imunológicos;
- Risco de câncer.

Além disso, verificou-se o uso de resíduos de café, como cascas e impurezas, em vez de grãos torrados e moídos, o que contraria os padrões estabelecidos para alimentos desse tipo.
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A autoridade considerou o rótulo enganoso, pois mencionava “polpa de café” e “café tradicional”, sem refletir a real composição do produto.
A investigação também identificou que os responsáveis selecionaram mal os insumos, não realizaram controle de qualidade no produto final e descumpriram normas sanitárias federais.
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Essas infrações fundamentaram a medida cautelar adotada pela ANVISA, que se encontra ativa desde a publicação da resolução.
O que diz a empresa responsável pela Jurere Caffe?
A fabricante Jurere Caffe afirmou que encerrou a produção do produto em janeiro de 2025 e recolheu o lote que permanecia em circulação.
A empresa alegou que registrou o produto como “mistura para preparo de bebidas”, não como café puro, e que a Vigilância Sanitária estadual acompanhou todo o processo.
Ainda assim, optou por não recorrer da decisão da Anvisa.
Veja a declaração na íntegra:
“O Grupo Jurerê vem, através desta, esclarecer os fatos que envolvem o produto PÓ PARA PREPARO DE BEBIDA MARCA PINGO PRETO SABOR CAFÉ TRADICIONAL.
Este produto teve sua produção encerrada em janeiro de 2025. O mesmo tratava-se de uma mistura para preparo de bebidas regulamentado pela ANVISA através da RDC 719/2022 (a qual revogou a RDC 273/2005), e não café torrado e moído como está sendo veiculado.
O projeto de pesquisa e desenvolvimento foi acompanhado pela Vigilância Sanitária do Estado de Santa Catarina, onde foram validados todos os ingredientes, rótulos e enquadramento legal com este órgão, conforme os documentos comprobatórios arquivados no processo de qualidade da empresa.
Os mesmos documentos foram apresentados ao MAPA.
Quanto à qualidade:
Todo o processo de qualidade que envolveu este produto buscou a clareza do enquadramento do produto, legalidade dos ingredientes e da comunicação no rótulo ao consumidor final.
O PROCON do estado de Santa Catarina havia sido questionado em outra oportunidade e o mesmo afirmou:
“O produto tem seu rótulo claro quanto à denominação de produto e composição do mesmo, com informações no padrão exigido pela legislação nacional, com letras do mesmo tamanho, sem destaque para expressões isoladas.
O que de nenhuma forma caracteriza confusão ao consumidor.”
O Ministério da Agricultura (MAPA) é respeitado pelo Grupo Jurerê. O produto acima mencionado não está submetido à sua regulamentação, e sim à ANVISA.
Desta forma, por enquadramento equivocado do produto pelo MAPA como café torrado e moído, considerou os ingredientes validados no processo de início de produção como impurezas em suas análises.
No entanto, mesmo diante desta discussão, e devido ao término de fabricação deste produto, o saldo residual do lote 12025 do produto PÓ PARA PREPARO DE BEBIDA MARCA PINGO PRETO SABOR CAFÉ TRADICIONAL já foi recolhido do mercado até que sejam esclarecidos os fatos com os órgãos competentes.
O Grupo Jurerê é uma empresa familiar de 80 anos e trabalha incessantemente na pesquisa e desenvolvimento de produtos, investindo em tecnologia e inovação sempre em busca do melhor atendimento ao consumidor final.
Nossos consumidores confiam em nosso atendimento e em nossos produtos.
Convidamos a todos a conhecerem os produtos do Grupo Jurerê através do site www.emporiojurere.com.br.
Como o consumidor pode se proteger:
A fim de evitar riscos como esse, o consumidor deve seguir alguns cuidados ao escolher produtos que se apresentam como café:
- Primeiramente, verifique se o rótulo informa “café torrado e moído”, sem aditivos ou termos genéricos como “sabor café”;
- Desconfie de preços muito abaixo do mercado, especialmente em embalagens sem identificação clara de origem;
- Prefira marcas com histórico confiável e registro sanitário ativo;
- Leia os ingredientes e exija nota fiscal da compra;
- Por fim, ao notar irregularidades, denuncie ao canal Fala.BR, informando o nome do produto, lote e local de venda.
Conclusão:
Em suma, a relação do brasileiro com o café é afetiva, mas precisa ser também consciente.
O caso da Pingo Preto escancara os riscos escondidos em produtos com aparência inofensiva.
A segurança alimentar deve ser prioridade, e cabe ao consumidor estar atento aos rótulos, às marcas e à procedência do que coloca à mesa.
Ou seja, café bom é aquele que desperta — sem comprometer a saúde. Mas, para saber mais sobre outras normas e decretos da ANVISA, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.