Adeus: Comunicado do Banco Central confirma fim de serviço popular na Caixa, Itaú, Santander e + bancos

Comunicado do Banco Central confirma fim de serviço popular na Caixa, Itaú, Santander e outros bancos. Saiba o que mudou
Uma mudança significativa impactou o cenário bancário brasileiro no ano passado. A decisão, confirmada pelo Banco Central, encerrou um serviço financeiro que esteve amplamente disponível. Esta ferramenta operou por quase quatro décadas, marcando uma era nas transações financeiras do país.
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A partir de informações divulgadas pelo Banco Central, a equipe do TV Foco, especializada em finanças e economia, traz agora mais detalhes sobre o assunto.
A notícia repercutiu entre milhões de usuários, pois alterou rotinas bancárias estabelecidas. Consequentemente, a forma como muitos serviços eram acessados sofreu uma transformação notável desde então.
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O serviço descontinuado
O serviço em questão é o Documento de Ordem de Crédito, conhecido popularmente pela sigla DOC. Ele representou um dos primeiros métodos formais para transferências de valores entre diferentes bancos no Brasil.
Criado pelo próprio Banco Central em 1985, o DOC foi uma ferramenta fundamental durante muitos anos. Serviu principalmente para o envio de recursos, sobretudo em operações que envolviam quantias menores.
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A ascensão de uma nova era
Entretanto, o panorama das transferências começou a mudar drasticamente com o lançamento do Pix. O Banco Central introduziu este sistema de pagamento instantâneo no ano de 2020.
O Pix rapidamente ganhou imensa popularidade devido à sua agilidade e conveniência. Ademais, permite realizar transferências a qualquer momento, eliminando as barreiras de dias úteis ou horários bancários restritos.
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A gratuidade nas operações para pessoas físicas também impulsionou sua adoção em massa. Em 2022, por exemplo, o sistema Pix registrou 24 bilhões de transações, consolidando sua liderança no mercado de pagamentos.

A confirmação do fim
Diante desse cenário de transformação, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) comunicou uma decisão importante em maio de 2023. Os bancos associados à entidade encerrariam as operações realizadas via DOC e também a Transferência Especial de Crédito (TEC).
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A data limite estabelecida para o fim definitivo desses serviços foi 29 de fevereiro de 2024. A medida afetou grandes instituições financeiras que operam no país, como a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Itaú e Santander, entre outras.

Por que o serviço chegou ao fim?
Mas qual foi o principal motivo para essa descontinuação tão marcante? A resposta reside na queda acentuada do uso do DOC, visto que o Pix se tornou a alternativa preferida dos brasileiros para transferências.
Dados de 2022, por exemplo, revelam que as operações via DOC somaram apenas 59 milhões naquele ano. Ou seja, esse volume correspondia a somente 0,09% do total de transações financeiras realizadas no período.
Ademais, a manutenção dos sistemas legados para processar DOC e TEC gerava custos operacionais significativos para as instituições. Estes custos deixaram de ser justificáveis diante da baixa adesão e da existência de alternativas mais eficientes e modernas.

A implementação do fim nos principais bancos
Embora a data final para o processamento do DOC fosse 29 de fevereiro de 2024, diversos bancos adotaram cronogramas próprios para desativar o serviço. Essas ações ocorreram de forma escalonada antes do prazo limite estabelecido pela Febraban.
O Santander, por exemplo, informou na época, segundo reportado pela CNN Brasil, ter encerrado completamente o serviço de DOC já em 31 de agosto de 2023. Esta foi uma das primeiras movimentações concretas entre os grandes bancos.
O Itaú Unibanco também se antecipou significativamente, esclarecendo que a modalidade foi desligada para o público de pessoas físicas ainda em janeiro de 2023. Além disso, o banco afirmou que os canais físicos e digitais já não ofereciam a transação desde meados de 2022.

A Caixa Econômica Federal, por sua vez, optou por seguir o cronograma geral estabelecido pela Febraban. Desta forma, a instituição manteve a opção de emissão de DOCs disponível em seus canais até 15 de janeiro de 2024.
Conforme explicado pela Caixa na ocasião, os clientes puderam agendar emissões até essa data limite de janeiro. Contudo, a efetivação final dessas operações pendentes ocorreu somente até 29 de fevereiro de 2024.
O Banco do Brasil também adotou prazos específicos, porém distintos para diferentes públicos. Para os clientes pessoa física, o envio e agendamento de DOCs foram encerrados mais cedo, em 15 de outubro de 2023.
Já para os clientes pessoa jurídica, o prazo para emissão e agendamento no Banco do Brasil se estendeu até 15 de janeiro de 2024. O fechamento total dos sistemas para recebimento e processamento na instituição ocorreu em 29 de fevereiro de 2024.
O Bradesco, assim como a Caixa, informou que seguiria o cronograma padrão divulgado pela Febraban. Este cronograma unificado estabeleceu o encerramento da oferta do serviço para 15 de janeiro de 2024, precisamente às 22 horas.
Outras mudanças e discussões no sistema financeiro
O fim do DOC insere-se num contexto maior de evolução contínua do sistema financeiro nacional. Este processo inclui debates sobre segurança, novas regulações e a modernização de produtos, como:
- A segurança e as condições de rendimento da caderneta de poupança, temas que frequentemente geram alertas importantes;
- A constante transformação dos meios de pagamento, que levanta questões sobre o futuro de formatos tradicionais como o cartão de crédito;
- Novas regras e confirmações emitidas pelo Banco Central que impactam diretamente produtos bancários e a relação com o CPF dos clientes, conforme observado em casos específicos envolvendo grandes bancos.
Considerações finais
Portanto, o adeus definitivo ao DOC, um serviço popular que foi confirmado pelo Banco Central e efetivado em fevereiro de 2024, marca o encerramento de um capítulo importante na história bancária do Brasil.
Assim, a transição indica claramente a preferência dos usuários por soluções digitais que oferecem maior rapidez, praticidade e economia, como o Pix consolidou.
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Autor(a):
Hudson William
Hudson William é um profissional com ampla experiência em comunicação social na web, acompanhando os bastidores da televisão brasileira desde 2008. A partir de 2012, passou a integrar a equipe do portal TV Foco, onde atua como redator, produzindo matérias com responsabilidade e credibilidade. Ao longo de sua trajetória, assinou textos em diversas editorias — de televisão e entretenimento a esportes, atualidades e curiosidades — sempre com foco em informar e engajar o público digital de forma clara, ética e relevante.