Banco Central lida com falência de três bancos populares e clientes estão sem chão com situação de adeus

No Brasil, diversos bancos exercem suas funções e atendem milhões de clientes, como a Caixa, Banco do Brasil, Bradesco e muitos outros. Todavia, além do sucesso da maioria, há companhias que não conseguem alavancar tanto assim por todo o tempo e chegam no fundo do poço, sofrendo até mesmo intervenções do Banco Central.

E por falar nisso, existem três grandes bancos que estão falindo no país em 2025 e muitos não fazem ideia disso. Para aqueles que não sabem, estamos falando do Banco Master, BRK Financeira e Portocred, que estiveram diante de um anúncio do Banco Central.

É importante enfatizar que, tal decisão não apenas abala o mercado financeiro como reforça os riscos associados a modelos bancários agressivos e alavancados.

Banco Master

Em suma, o Banco Central bateu o martelo e decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master, bloqueando bens dos controladores e suspendendo todas as negociações, até mesmo a compra pelo grupo Fictor. A medida aumentou o risco de falência da instituição.

Vale dizer que, um dia antes da liquidação, o dono do banco, Daniel Vorcaro, veio a ser preso quando tentava deixar o país, no âmbito da Operação Compliance Zero, que investiga fraude e gestão criminosa. A origem da crise é a captação agressiva de CDBs com juros muito altos e ativos considerados supervalorizados, especialmente precatórios.

Mesmo após vender R$ 1,5 bilhão em patrimônio para tentar salvar o banco, Vorcaro não conseguiu reverter a deterioração. A tentativa de compra pelo BRB, iniciada em 2025, não foi aceita pelo Banco Central após investigações e dúvidas a respeito dos ativos. Em novembro, o Master buscou um novo comprador, mas a liquidação suspendeu os avanços.

BRK Financeira

Por sua vez, no dia (15) de fevereiro de 2023, se deu a liquidação extrajudicial da BRK Financeira. O BC tomou a decisão diante de alegações de “comprometimento patrimonial da instituição, graves violações às normas legais que regulamentam o funcionamento da instituição e o risco anormal a que estão sujeitos os credores quirografários.”

A gravidade da situação com a BRK Financeira já indicava a falta de capacidade de operação de forma irreversível. Assim, no dia (07) de março de 2024, a Justiça decretou a falência da BRK. Logo depois, veio ser a vez da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo decretar a falência oficial da companhia.

Portocred

Por fim, temos o caso do Portocred, que no mesmo dia (15) de fevereiro de 2023, veio a ser alvo do decreto do Banco Central referente a liquidação extrajudicial da instituição. A companhia tinha cerca de 12 mil credores e dívida avaliada em R$ 521 milhões. O modelo seguido teve similaridade com o da BRK.

No caso, primeiro se deu a intervenção do Banco Central, seguido da suspensão de operações e nomeação de liquidante. Hoje em dia, o processo de liquidação extrajudicial está em andamento, sendo conduzido por um liquidante nomeado pelo Banco Central.

Qual a diferença entre falência e recuperação judicial?

Em suma, ambos possuem como objetivo a satisfação de dívidas de uma empresa. Contudo, a principal diferença está na continuidade ou não do empreendimento.

No caso da recuperação judicial, se ganha tempo para recuperar a capacidade de gerar resultados na empresa. Aliás, na falência, não existe a reestruturação do negócio e ele acaba fechando as portas. Mas, a ideia por trás da recuperação judicial é manter o negócio ativo, gerando empregos e possibilitando que a empresa pague as suas dívidas. Na falência, ocorre o encerramento do negócio.

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