Banco do Brasil anuncia saque de quase três mil reais em agosto e tenta aliviar a pressão financeira dos trabalhadores

Para a felicidade de muitos trabalhadores, a partir do dia 15 de agosto, o Banco do Brasil começa a liberar o abono salarial do Pasep para os servidores públicos que nasceram em novembro e dezembro. Isso marca o fim do calendário de pagamentos de 2025, que começou lá em fevereiro e agora chega à última rodada. Para quem esperava esse dinheiro cair na conta, a hora chegou.

E se tudo estiver certo nos dados do sistema, o valor pode chegar a R$ 2.640. Mas não é automático para todo mundo, depende de uma série de regras que nem sempre são claras para quem está do outro lado do balcão.

O Pasep, diferente do PIS, é voltado apenas para quem trabalhou no setor público e está vinculado ao Banco do Brasil. Se o servidor tem conta no banco, ótimo, o depósito costuma cair direto. Quem não tem, precisa ir atrás. Dá para sacar com documento nas agências ou acessar o valor pelos canais digitais, como o app do BB ou o portal Gov.br. O importante é não deixar passar o prazo, porque depois o dinheiro volta para o Fundo de Amparo ao Trabalhador.

Mas não basta só ter trabalhado em 2023. Para receber o Pasep este ano, é preciso ter pelo menos cinco anos de inscrição no programa, ter atuado com carteira assinada por 30 dias ou mais em 2023 e não ter passado da média de dois salários mínimos no mês.

Parece simples, mas muita gente só descobre que ficou de fora quando vai consultar e encontra aquele famoso “benefício não disponível”. O motivo quase sempre está nas informações que o empregador enviou (ou deixou de enviar) para o sistema, o que está fora do controle do trabalhador.

Como saber se tenho direito ao Pasep?

Quem quer confirmar se vai receber ou não pode usar o app da Carteira de Trabalho Digital, ou entrar direto no Gov.br. Há ainda a central telefônica 158 e o próprio Banco do Brasil oferece consulta pelo aplicativo. Nesses canais, dá para ver o valor, a data e se o pagamento já foi processado.

O valor que cada um recebe muda de acordo com quanto tempo trabalhou em 2023. Cada mês vale uma fração do salário-mínimo, mais ou menos R$ 126 por mês. Trabalhou o ano todo? Leva o valor cheio. Trabalhou só metade? Recebe metade. E por aí vai. Muita gente confunde isso, espera o valor máximo e se frustra quando vê menos na conta. Mas o cálculo segue essa lógica mesmo, sem muito mistério.

Vale lembrar que o Pasep é só uma parte dessa história. Tem também o PIS, que é o abono pago para quem está no setor privado, e que segue um calendário quase idêntico, mas quem paga é a Caixa Econômica. Os dois programas têm regras quase iguais, mas usam bancos diferentes e atendem públicos distintos.

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