Banco tradicional fecha 16 agências no Maranhão, demite uma quantidade expressiva de funcionários e alarma correntistas
Um banco extremamente popular brasileiro anunciou que, até o fim de junho de 2025, encerrará as atividades de 16 agências e postos de atendimento no Maranhão, como parte de um amplo processo de reestruturação nacional.
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Trata-se do Bradesco, cuja medida afeta diretamente dezenas de municípios que contam com o banco como único ponto de acesso a serviços bancários presenciais, gerando demissões e o desespero de correntistas.
A decisão inclui o fechamento de agências em cidades como:
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- Arame;
- Sítio Novo;
- Campestre;
- Icatu.
Além de postos de atendimento em localidades como:
- Axixá;
- Buriti;
- Cajari.
Assim, a partir de uma reportagem da Record, a equipe especializada em serviços bancários do TV Foco traz um panorama completo da situação abaixo.
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Sem diálogo e desespero
A reestruturação vem sendo conduzida sem diálogo com sindicatos ou representantes dos trabalhadores, segundo denúncias do Sindicato dos Bancários do Maranhão, conforme exposto por sindicalista.
A entidade critica a falta de transparência do Bradesco, que até o momento não detalhou como ocorrerão as demissões nem se haverá remanejamento de pessoal.
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O banco, que lucrou R$ 16 bilhões só em 2024 e já acumulou R$ 5,8 bilhões apenas no primeiro trimestre de 2025, não divulgou um plano público de mitigação dos impactos sociais e trabalhistas causados pelos fechamentos.
A presença do Bradesco no estado ganhou importância desde 2004, quando a instituição assumiu as operações do extinto Banco do Estado do Maranhão.
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Em muitas cidades afetadas, as unidades encerradas representam o único ponto físico para aposentados, trabalhadores rurais e pequenos comerciantes realizarem transações bancárias básicas, como saques, pagamentos e obtenção de crédito.
Agora, esses clientes precisarão se deslocar para municípios vizinhos, em trajetos que, em alguns casos, ultrapassam 50 quilômetros, o que causa preocupação a milhares.
Pois é, apesar da decisão do Bradesco ser amparada legalmente por sua natureza privada, ela atinge diretamente populações já vulneráveis, sobretudo em regiões sem estrutura digital adequada para suprir a ausência dos serviços presenciais.
A digitalização do setor financeiro, argumento comum nesses processos de reestruturação, esbarra em realidades locais de exclusão digital e dificuldades de conectividade.
Vale destacar que essa mesma situação também ocorreu na Bahia, conforme podem ver por meio desse link.*
Veja a reportagem completa abaixo:
Quais são as alternativas disponíveis aos correntistas afetados?
- Migração para canais digitais: A principal alternativa estimulada pelo Bradesco é o uso do aplicativo, internet banking e caixas eletrônicos.
No entanto, essa opção depende de acesso estável à internet e familiaridade com tecnologias — ausente em boa parte da clientela idosa e rural.
- Transferência de conta para agências em municípios vizinhos: A solução exige deslocamento físico que pode ser financeiramente inviável e desgastante para muitos clientes.
- Mudança de instituição bancária: Clientes podem solicitar portabilidade bancária para bancos que mantenham presença física em seus municípios, como Banco do Brasil ou Caixa Econômica, quando disponíveis.
- Uso de correspondentes bancários (lotéricas, farmácias e comércios habilitados): Esses pontos oferecem serviços limitados e não substituem totalmente as funcionalidades de uma agência bancária.
O que dizem os especialistas sobre o fim de algumas agências bancárias?
Especialistas em direitos do consumidor e representantes sindicais orientam que os clientes formalizem reclamações junto ao Banco Central e à Ouvidoria do Bradesco.
Além disso, devem consultar alternativas de portabilidade bancária e exigir das autoridades municipais e estaduais ações que pressionem o banco por soluções de transição, como o reforço de correspondentes bancários e inclusão digital nas comunidades afetadas.
Conclusão:
Em suma, o fechamento das agências do Bradesco no Maranhão expõe uma contradição entre o lucro bilionário da instituição e seu papel social em áreas onde o banco atua como único elo financeiro.
Além disso, a falta de diálogo com trabalhadores e comunidades aprofunda a insegurança.
Por fim, o processo também evidencia a urgência de políticas públicas que garantam inclusão bancária em municípios de pequeno porte.
Por fim, o custo dessa reestruturação acaba recaindo sobre os que menos podem suportá-lo. Mas, para saber mais novidades sobre o sistema financeiro, clique aqui*.