Baratas, fezes e cheiro de esgoto: Nº1 do litoral de São Paulo acende alerta da Vigilância após denúncia

Infestação de baratas, fezes e esgoto revolta frequentadores de uma das praias mais populares do litoral paulista e situação acende o alerta da Vigilância Sanitária

Uma cena que beira o insuportável anda tomando conta da Praia das Astúrias, em Guarujá, uma das mais populares e nº 1 do litoral de São Paulo.

A situação é tão preocupante que anda acendendo o alerta até mesmo da Vigilância Sanitária, uma vez que escancarou um problema crônico de saneamento:

• Fezes;
• Baratas rastejando;
• Cheiro insuportável de esgoto;
• e mais.

Sendo assim, a partir de informações do portal A Tribuna, a equipe especializada em fiscalizações e tributos traz abaixo todos os detalhes dessa denúncia e o motivo pelo qual levantou esse alerta na autarquia.

Saneamento precário transforma areia em foco de contaminação

Moradores e turistas denunciam que o esgoto escorre de uma galeria próxima ao número 120 da Avenida General Rondon.

• O fluxo constante de dejetos forma poças na areia, onde se acumulam detritos orgânicos.
• A maré carrega parte dessa poluição diretamente para o oceano.

De acordo com os moradores, o problema persiste há anos, mas se agravou nas últimas semanas. Inclusive, a presença de baratas no local, à luz do dia, gerou pânico entre famílias com crianças.

O ambientalista Luciano Menezes, de 42 anos, explicou que a bomba instalada no canto da praia, responsável por direcionar o esgoto para a rede correta, teria queimado após um curto.

Além disso, enfatizou que o aumento no volume de turistas na cidade pode ter contribuído para a sobrecarga do sistema:

“Explicaram para a gente que a bomba queimou por conta do volume de pessoas, de turistas, por ter muita gente na cidade no feriado. Por isso, todo o esgoto da rede coletora foi parar no esgoto pluvial.“

Como consequência dessa falha, formou-se um caminho de esgoto que avançou pela areia até alcançar o mar. De acordo com Luciano, a água apresentava uma cor terrível e o mau cheiro era insuportável:

“A Prefeitura deveria ter interditado a praia com a ajuda dos bombeiros. Foi um absurdo. Principalmente porque houve a questão das viroses no verão.”

Motivo de alerta

Embora a competência sobre o esgoto seja da administração municipal, a Vigilância Sanitária está em alerta por conta da exposição direta de vendedores ambulantes.

Afinal de contas, muitos deles manipulam alimentos e essa exposição em um ambiente contaminado pode representar sérios riscos à saúde pública e de intoxicação.

Em suma, esses ambulantes costumam vender milho, churros, bebidas e lanches, e tal exposição facilita:

• Surtos de infecções intestinais;
• Hepatite A;
• Entre outras doenças.

O que dizem as autoridades sobre a situação do esgoto do litoral de São Paulo?

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB) informou que não foi notificada sobre nenhum extravasamento irregular.

Além disso, alegou que as baratas saem de bueiros, trata-se de uma questão de limpeza urbana, portanto, segundo eles, a responsabilidade é da Prefeitura.

Já a Sabesp esclareceu, em nota, que houve uma interrupção no fornecimento de energia elétrica na estação de bombeamento de esgoto que atende a região das Astúrias, em Guarujá, na tarde de sábado (19).

Com isso, acabou causando a paralisação momentânea de seu funcionamento:

“Sem eletricidade, não é possível bombear o material para tratamento. Técnicos agiram imediatamente. A concessionária de energia foi acionada em caráter emergencial, por volta das 12h, e retomou a eletricidade perto das 17h, normalizando o sistema sanitário”.

A companhia também afirmou ter utilizado um caminhão para sugar os esgotos das tubulações da região, encaminhando-os para uma estação de tratamento.

O Ministério Público Estadual pontuou que a demanda foi encaminhada à Promotoria de Meio Ambiente de Guarujá.

Por fim, em nota, a Prefeitura de Guarujá disse que foi registrado um “problema pontual na rede da região das Astúrias, em decorrência da queda de energia na estação elevatória que atende o bairro”.

Conclusão

A Praia das Astúrias está à deriva entre a omissão e a burocracia. Enquanto autoridades trocam responsabilidades, o risco à saúde aumenta.

O que nos resta é aguardar pelas medidas e esperar que tal situação seja controlada o mais rápido possível.

Afinal de contas, saúde e saneamento básico não são luxos, são direitos. Mas, para saber mais sobre outros casos e até decretos da ANVISA, clique aqui. *