Banco central comunica hoje (18) falência de banco gigante rival do Nubank e Itaú

Banco Central decreta liquidação de banco gigante e dono é preso; Entenda a crise, o risco dos CDBs e a cobertura do FGC para investidores.
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Banco tradicional, rival do Itaú e Nubank tem liquidação decretada pelo BC (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/TV Foco/Canva/GMN)

Banco tradicional, rival do Itaú e Nubank tem liquidação decretada pelo BC (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/TV Foco/Canva/GMN)

Banco Central decreta liquidação de banco gigante e dono é preso; Entenda a crise, o risco dos CDBs e a cobertura do FGC para investidores

Nesta terça-feira (18), o Banco Central do Brasil decretou a liquidação extrajudicial do Banco Master, o qual pode ser considerado rival de bancos como Itaú, Nubank e tantos outros tradicionais.

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Vale destacar que tal decisão não apenas abala o mercado financeiro como reforça os riscos associados a modelos bancários agressivos e alavancados.

Além disso, a instituição, até então sob controle de Daniel Vorcaro, acumula controvérsias, investigação por gestão temerária e pressão regulatória.

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Além disso, esse anúncio coloca em xeque os papéis de confiança no sistema bancário e pode desencadear efeitos significativos para investidores com CDBs e outras aplicações vinculadas ao Master.

Sendo assim, com base em informações do portal CBN, G1 e Valor Econômico, desmembramos a situação desse gigante financeiro e os impactos que isso causará de forma direta aos investidores e clientes.

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Uma falência anunciada?

Em síntese, o Banco Central comunicou oficialmente a liquidação extrajudicial do Banco Master, o que implica na indisponibilidade dos bens de seus controladores e ex-administradores.

Essa medida interrompe qualquer negociação em andamento, inclusive a compra anunciada recentemente por um consórcio liderado pelo grupo Fictor, que prometia aportar R$ 3 bilhões no banco.

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Com esse novo cenário, o futuro da instituição parece cada vez mais incerto e as chances de se transformar em falência são bem grandes, o que causa ainda mais apreensão.

Prisão de Daniel Vorcaro

Para agravar ainda mais, nesta última segunda-feira (17), um dia antes da liquidação, a Polícia Federal prendeu Daniel Vorcaro, dono do Master, no aeroporto de Guarulhos, quando ele tentava deixar o Brasil em um avião particular rumo a Malta.

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A ação integra a chamada “Operação Compliance Zero”, que apura a emissão de títulos de crédito falsos por parte de instituições financeiras ligadas ao sistema bancário nacional. Lesinvestigações apontam para crimes como gestão fraudulenta e organização criminosa.

Conforme citamos acima, com a decretação da liquidação, seus bens foram bloqueados como parte da ação regulatória.

Esta etapa sinaliza a gravidade da crise, uma vez que não se trata apenas de perda de capital, mas de risco sistêmico e de reputação.

Ao procurar uma declaração por parte da defesa de Daniel e do próprio banco, elas ainda não foram publicadas ou anunciadas, no entanto o espaço segue em aberto.

A raíz da crise:

Em suma, o Banco Master cresceu muito rápido por meio de uma estratégia agressiva de captação: oferecia CDBs com juros muito acima da média de mercado:

Parte significativa de seus ativos estava vinculada a precatórios (dívidas judiciais de governos) e investimentos complexos em crédito, que, segundo críticos, estavam supervalorizados.

Um ex-diretor do Banco Central chegou a afirmar que muitos dos ativos declarados pelo Master “não valem metade” do que está registrado no balanço. Além disso, o banco:

Tentativas frustradas de salvação

Para reverter a deterioração, Vorcaro vendeu R$ 1,5 bilhão em ativos pessoais para o BTG Pactual, incluindo:

Além disso, destinou esse recurso ao Master, mas, apesar disso, os problemas persistiram….

Uma proposta de aquisição do Master pelo banco público BRB (Banco de Brasília), anunciada ainda em março de 2025, enfrentou obstáculos sérios:

O BRB chegou a afirmar que compraria 49% das ações ordinárias e 100% das preferenciais, mas deixaria de fora os passivos mais arriscados, como CDBs acima do limite de cobertura do FGC.

Cronologia dos fatos das negociações:

Quais são os riscos para os investidores do Banco Master diante desse possível colapso?

A liquidação extrajudicial imposta pelo Banco Central representa uma ruptura drástica.

Investidores com CDBs e depósitos a prazo estão diretamente expostos, uma vez que muitos desses títulos ultrapassam o valor de R$ 250 mil, limite de cobertura do FGC.

Se a venda ao BRB tivesse sido concluída, parte dos passivos poderia ser transferida ao banco público, mas não há garantia de que todos os credores seriam plenamente honrados.

Além disso, a credibilidade de práticas de captação de alto risco volta à tona.

O caso Master pode servir como alerta para reguladores e investidores sobre os limites da remuneração elevada sem lastro sólido.

O que os clientes cobertos pelo FGC podem fazer diante de uma falência do Banco Master?

Agora, os investimentos cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) são todos aqueles que incluem recursos em conta corrente:

De acordo com o portal UOL, o processo para receber a garantia deve seguir os seguintes passos:

Solicitar a garantia (manifestação):

No entanto, o credor deve se manifestar no processo e solicitar a garantia diretamente:

Assinatura de termo:

Mas, para saber mais informações sobre outras falências e decretações do BC, clique aqui*

Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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