Botafogo pressiona John Textor para quitar R$155 milhões e impedir saída de jogadores do elenco
De forma inesperada, o Botafogo Social protocolou ação judicial nesta terça-feira alegando que a Eagle Football Holdings, dona de 90% da SAF do clube, deve garantir pelo menos 10% do passivo declarado.
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Porém, esse percentual representa R$ 155 milhões. O documento exige caução real ou fidejussória em favor da SAF e pede a nomeação de um interventor judicial para administrar o clube até que a situação financeira se regularize. Além disso, requer a suspensão da venda de jogadores e de outros ativos durante o processo.
Na petição, o Botafogo alega haver indícios de gestão temerária e irresponsável por parte da Eagle e de John Textor, apontado como principal gestor da SAF. O clube social argumenta que a ausência de bens no Brasil em nome dos responsáveis pode inviabilizar eventual reparação de danos. Por isso requer que a Eagle e Textor garantam os valores necessários para cobrir possíveis prejuízos futuros.
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Porém, o presidente do Botafogo Social, João Paulo Magalhães Lins, afirmou que o pedido não busca conflito pessoal. Segundo ele, o objetivo é proteger o clube. “A torcida do Botafogo, assim como eu, é muito grata ao Textor. Esperamos que esta briga acabe logo. Meu objetivo é tão somente o cumprimento do acordo de acionistas”, disse.
Além disso, o social defende que os R$ 155,4 milhões servirão para dar liquidez imediata à SAF, ajudar a honrar compromissos e assegurar o pagamento de dívidas pendentes. A ação não acusa o clube associativo de causar prejuízos. Pelo contrário, sustenta que a administração majoritária concentrou as falhas.
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A SAF do Botafogo respondeu?
A reação da Eagle e da SAF veio rápida. Em nota oficial, a SAF classificou as alegações como “inverídicas e sem amparo jurídico”. A empresa argumentou que manteve decisões técnicas e profissionais. Afirmou ainda que alcançou conquistas expressivas, como a Copa Libertadores e o Brasileirão de 2024, e que elevou o clube a um patamar competitivo e visibilidade global.
Contudo, a disputa judicial evidencia a fissura da governança interna. Há reclamações de falta de transparência e ausência de reuniões deliberativas eficazes. O Botafogo Social afirma que a estrutura de controle nunca funcionou conforme previsto, o que enfraqueceu a fiscalização da gestão majoritária.
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Por fim, se a Justiça aceitar o pedido, a nomeação de um interventor poderá paralisar negociações de jogadores e outras operações da SAF até a regularização. Esse cenário ameaça a dinâmica esportiva do clube e pode gerar impasse prolongado.
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