Em reviravolta explosiva, Bradesco entra na Justiça e busca suspender imediatamente a falência da gigante do setor financeiro
Pegando todos de surpresa, Bradesco e o Itaú decidiram agir. Eles pediram à Justiça que suspenda o decreto de falência da Oi, publicado pela 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.
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A decisão da juíza Simone Chevrand encerrou a recuperação judicial da empresa e decretou a falência depois de anos de tentativas de reestruturação. Além disso, a magistrada considerou que a Oi não conseguia mais cumprir obrigações e que a continuidade do processo de recuperação só aumentaria prejuízos.
Contudo, os bancos sustentam que a falência imediata coloca em risco a operação de serviços essenciais. A Oi ainda mantém redes críticas de telefonia e dados. Esses sistemas sustentam, por exemplo, comunicações de emergência e parte da infraestrutura de grandes empresas.
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Porém, para os bancos, interromper isso seria um erro grave. Eles afirmam que a empresa ainda tem caminhos para uma nova negociação.
Bradesco e Itaú pedem que a Justiça reconsidere a decisão. Os dois defendem que a falência não é a única saída e que ainda há espaço para ajustes no plano de recuperação. As instituições dizem que a decisão precisa respeitar o direito dos credores e a importância dos serviços que a Oi presta.
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Os advogados dos bancos sustentam que a falência apressada pode reduzir o valor dos ativos e dificultar a recuperação do crédito. Segundo eles, manter a operação da Oi de forma ordenada seria melhor para todos os envolvidos. A proposta busca permitir uma retomada controlada das atividades, com supervisão judicial.
A Oi vai sair da falência?
A juíza Simone Chevrand afirmou, no entanto, que a Oi não demonstrou capacidade financeira para sustentar o plano de reestruturação. Ela destacou o acúmulo de dívidas e o esgotamento das alternativas apresentadas. Ainda assim, permitiu que a empresa continue operando temporariamente para evitar a interrupção de serviços.
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A Oi tenta se manter ativa desde 2016, quando entrou na primeira recuperação judicial. Foi o maior processo desse tipo da história do país. Contudo, desde então, a empresa vendeu ativos, reduziu sua estrutura e concentrou operações. Mesmo assim, a dívida seguiu crescendo e passou de R$ 30 bilhões.
Além disso, o pedido de suspensão dos bancos ainda será analisado. A decisão pode mudar o rumo do caso e definir se a Oi seguirá em liquidação ou tentará uma última chance de sobrevivência. Credores e funcionários acompanham com incerteza cada novo movimento judicial.
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Por fim, o desfecho do pedido do Bradesco e do Itaú pode criar um precedente importante para outras empresas em crise.
