Burger King fecha as portas e encerra todas as 116 lojas em país após 36 anos

Burger King anuncia o fechamento definitivo das 116 lojas em país após 36 anos de atuação e provoca impacto imediato
O anúncio pegou muita gente de surpresa, mas também não foi exatamente um choque para quem acompanha o setor. Após 36 anos de operação, o Burger King decidiu encerrar todas as suas 116 lojas na Argentina.
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A rede, que chegou em 1989 ao bairro de Belgrano, em Buenos Aires, construiu uma trajetória de décadas até se tornar parte do cenário urbano. Agora, de repente, sua saída deixa um vazio difícil de ignorar. Contudo, o grupo Alsea, que controla a marca no país, justificou a decisão como parte de uma reestruturação regional, priorizando marcas mais lucrativas do portfólio, sobretudo o Starbucks, que já soma 133 cafeterias por lá.

Esse fim de ciclo mostra um pouco da montanha-russa que a rede enfrentou no país. Houve o momento de expansão, com lojas em bairros centrais, pontos turísticos e até no interior. Houve também a queda, acentuada nos últimos dez anos.
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No entanto, a pandemia foi um golpe duro, que reduziu drasticamente o movimento e forçou o fechamento de restaurantes emblemáticos, como o da esquina das ruas Corrientes e Florida, em Buenos Aires. Além disso, a concorrência apertou. O Mostaza, rede local, ganhou espaço de forma agressiva e passou a ocupar o posto que antes parecia natural do Burger King.
Quem fica com o ligar da Burger King?
Agora, Alsea prepara a venda das 116 unidades e já colocou o banco BBVA à frente do processo de negociação. Há grupos interessados: fala-se na Desarrolladora Gastronómica, que já administra redes conhecidas no país, e também no Int Food Services, de origem equatoriana.
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Para quem frequentava as lojas, a notícia tem um peso que vai além do econômico. O Burger King se tornou, ao longo de três décadas, uma espécie de ponto de encontro. Almoço rápido, lanche da madrugada ou saída em família.
Contudo, há também o aspecto social, que não pode ser ignorado. Funcionários que dedicaram anos de serviço agora vivem a incerteza. Muitos franqueados locais, que investiram pesado em suas unidades, esperam saber se haverá compradores ou se precisarão arcar com prejuízos.
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Por fim, olhando de fora, não é um caso isolado. A Alsea, que opera várias marcas na América Latina, já havia vendido em dezembro passado 54 lojas do Burger King na Espanha para o fundo britânico Cinven. É uma linha clara de decisões: reduzir riscos, se desfazer de operações mais frágeis e canalizar energia para onde o retorno é maior.
No caso argentino, o Starbucks parece o escolhido. Enquanto o Burger King encolhe, a rede de cafeterias cresce e se espalha, aproveitando um público que valoriza experiências de consumo diferentes.
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Autor(a):
Wellington Silva
Wellington Silva é redator especializado em celebridades, reality shows e entretenimento digital. Com formação técnica em Redes de Computadores pela EEEP Marta Maria Giffoni de Sousa e atualmente cursando Análise e Desenvolvimento de Sistemas na FIAP, Wellington une sua afinidade com tecnologia à vocação pela escrita. Atuando há anos na cobertura de famosos, cantores, realities e futebol, tem passagem por portais dedicados ao universo musical e hoje integra o time de redatores do site TV Foco. Seu olhar atento à cultura pop e à vida das celebridades garante matérias dinâmicas, atualizadas e com forte apelo para o público conectado.Contato: @ueelitu