José Roberto Burnier confirma proibição da Anvisa em substâncias comuns em esmalte em gel
Nesta quinta-feira, 30, José Roberto Burnier paralisou o SP2, da Globo, para noticiar uma decisão urgente da Anvisa que impacta milhões de consumidoras e profissionais da beleza. A agência proibiu o uso das substâncias TPO (óxido de difenil [2,4,6-trimetilbenzol] fosfina) e o DMPT (N,N-dimetil-p-toluidina), utilizadas em esmaltes em gel, por apresentarem riscos graves à saúde.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“Quem faz unha com esmaltes em gel é bom se preparar. A Anvisa vetou hoje duas substâncias químicas usadas na indústria cosmética, principalmente na fabricação desse tipo de produto”, iniciou o apresentador.
Em seguida, José Roberto Burnier destacou que o perigo pode atingir tanto consumidoras quanto profissionais de salão.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
“São elementos que podem causar graves problemas de saúde. Quem trabalha com isso ou costuma fazer as unhas fora de casa, atenção”, disse o apresentador.
Proibição da Anvisa
A resolução da Anvisa proíbe o uso das substâncias em produtos de higiene pessoal, cosméticos e perfumes.
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
De acordo com a agência, estudos internacionais adotam que o DMPT pode causar câncer, enquanto o TOP é tóxico para a reprodução, afetando a fertilidade.
Com a nova medida, o Brasil se alinha às normas da União Europeia, que também proibiu o uso das substâncias.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Prazos e novas regras
Além disso, a resolução da Anvisa estabelece prazos para que o mercado se adeque à proibição:
- Imediatamente: está proibida a fabricação, importação e concessão de novos registros ou notificações de produtos que contenham TPO ou DMPT
- Em até 90 dias: empresas e estabelecimentos devem encerrar a venda e o uso dos produtos já disponíveis no mercado
- Após 90 dias: Anvisa irá cancelar os registros existentes e as empresas deverão recolher os itens ainda em circulação
O contato eventual com os esmaltes que contém as substância representa baixo risco, porém a exposição frequente pode causar efeitos nocivos.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
A diretora da Anvisa, Daniela Marreco, reforçou a importância da medida.
“Ainda que o risco ocupacional seja mais intenso, usuárias e usuários também estão sujeitos aos efeitos nocivos decorrentes da exposição. Cabe ao Estado atuar preventivamente, evitando a perpetuação de risco sabidamente evitável”, disse Daniela Marreco.
Qual é a diferença do esmalte em gel para o normal?
O esmalte se destaca por sua alta durabilidade. O produto é produzido com uma fórmula especial e exige secagem sob luz UV ou Led, criando uma camada mais firme e resistente.
Na hora da aplicação, o procedimento é semelhante ao do esmalte tradicional, porém na secagem é necessário utilizar uma cabine de luz, responsável por endurecer o produto.
Desse modo, o esmalte em gel pode permanecer intacto por até três semanas, sem descascar e nem perder o brilho.
Por isso, o produto tornou-se querido entre inúmeras mulheres que buscam praticidade e unhas sempre bem-feitas.
Enquanto isso, o esmalte comum seca naturalmente e costuma durar cerca de cinco a sete dias, sendo mais fácil de remover e lascar.
