O grupo multimídia fez sucesso entre o público, mas acabou virando alvo de escândalos financeiros e precisou encerrar as atividades de transmissão

Há quase seis décadas no ar, a Globo, sem contrapontos, é a líder de audiência no Brasil. Apesar de enfrentar uma forte concorrência, a emissora da família Marinho segue invicta no topo da lista das TVs no país e ocupa o 2º lugar mundial.

Nos últimos 4 anos, o grupo vem passando por algumas mudanças financeiras, mas negou os rumores de crise. Em 2024, durante o levantamento, eles confirmaram uma receita líquida de nada menos que R$ 15 bilhões, se distanciando de rivais como Record e SBT.

“Foi um ano incrível, com o desempenho assegurado por uma boa performance em publicidade, conteúdo e uma importante disciplina em custos”, contou Manuel Belmar, que é diretor de finanças da Globo, em uma recente entrevista à revista Valor.

Antes de se consagrar, a companhia carioca teve uma forte disputa com outras emissoras que ficaram marcadas entre o público, principalmente nas questões tecnológicas. Porém, boa parte delas acabou não resistindo aos problemas internos e declarou falência.

Para quem não se lembra, a extinta Jovem Pan fez sua estreia na televisão aberta em 1991. Considerada à frente do próprio tempo, a empresa tinha uma torre de transmissão, na Avenida Paulista, em São Paulo, que chegava a ser 10 vezes mais potente que a da Globo.

Com notícias, filmes e esportes, o canal foi uma grande promessa da mídia. Mas, apenas 1 ano depois, surgiram os escândalos que envolviam a receita pública e denúncias de um suposto desvio de US$ 5 milhões. Na época, as polêmicas se sobressaíram à programação.

Segundo o Canal 90, no YouTube, o grupo virou até alvo de uma CPI que movimentou brigas entre os acionistas. Em 1995, a única alternativa restante foi a dissolução. Naquele ano, a Globo disputou pelos estúdios deles com a Record, mas Edir Macedo levou a melhor.

O que acontece em casos de falência?

Esse processo reúne os bens da instituição e dos donos, apontando o que deve ser liquidado para pagar as dívidas em aberto. Ele pode levar longos anos na Justiça, assim como também pode ser revertido, caso o responsável consiga achar um jeito de levantar a empresa novamente.

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