Calote de R$1 bilhão e funcionários na rua: Falência decadente de rede varejista nº1 deixa clientes órfãos

Tv Foco mostra hoje atrizes brasileiras dos anos 1990 já chegaram aos 50 anos, mas continuam arrancando suspiros por onde passam.
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Varejista entra em colapso e falência após 45 anos de existência (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/Tv Foco/Canva)

Falência de varejista gigantesca e nº1, cuja qual dominava os eletrodomésticos e variedades, chocou consumidores em todo Brasil

Não é de hoje que o varejo brasileiro enfrenta quebras e falências. Ao longo das décadas, as crises acabam afetando até mesmo os grandes nomes que, até então, eram vistos como verdadeiros impérios.

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Como é o caso da Arapuã, referência no setor de eletrodomésticos, que teve sua falência decretada duas vezes após anos de glória e influência.

Infelizmente, ela acabou tendo uma falência devastadora, após 45 anos de existência e deixou milhares de clientes orfãos.

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Sendo assim, a partir de informações coletadas no portal Wiki, a equipe especializada em economia do TV Foco traz mais detalhes sobre essa quebra e seus reais impactos.

As Lojas Arapuã, que fizeram sucesso entre o público (Foto: Reprodução/Internet)

Do apogeu à queda …

Fundada em 1957, na cidade de Lins, interior de São Paulo, por Jorge Wilson Simeira Jacob, a Arapuã rapidamente se tornou um dos nomes mais importantes do setor:

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Erros estratégicos

No fim dos anos 80, Simeira Jacob, inspirado por uma visita aos Estados Unidos, decidiu focar exclusivamente em eletroeletrônicos, encerrando 120 lojas e reduzindo o catálogo de produtos de 7.500 para 700 itens.

A aposta isolada em um segmento tão volátil foi arriscada, e, com a instabilidade econômica da época, o resultado foi catastrófico.

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Em 1998, diante de um cenário econômico de altas taxas de juros e aumento da inadimplência, a Arapuã pediu concordata, acumulando dívidas que ultrapassavam R$ 550 milhões. Arapuã teve declínio após vários erros estratégicos.

Mesmo tentando diversificar os produtos novamente, o impacto das escolhas passadas e a dificuldade de manter vendas a prazo agravaram sua situação financeira.

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Inicio do fim …

Curiosamente, mesmo com a crise instalada, a Arapuã patrocinou o São Paulo Futebol Clube em 2001, durante o Torneio Rio-São Paulo.

A decisão de investir em marketing esportivo garantiu visibilidade, mas não aliviou sua condição financeira.

A crise da Arapuã iniciou nos anos 2000 (Foto: Reprodução/ Paulo Rubens Fonseca)

Porém, as dívidas/calotes ultrapassaram o valor de R$ 1 bilhão em 2002, levando a empresa a um plano de recuperação judicial que incluía o fechamento de lojas e deixando milhares de funcionários na rua.

Na época, a empresa já acumulava 3 parcelas vencidas das concordatas. Mas, mesmo sob pressão, a Justiça não havia decretado a falência da empresa por confiar no seu plano de reestruturação.

Em julho de 2002, a Arapuã foi declarada falida em primeira instância, mas reverteu a decisão no TJ-SP, conseguindo adiar sua falência.

Lojas Arapuã fechadas (Foto: Reprodução / Internet)

Em 2009, o STJ analisou o pedido de duas empresas para decretar a falência da devedora, visando garantir o pagamento de seus créditos.

Na ocasião, o STJ confirmou a falência da Arapuã por descumprimento da concordata pedida em 1998.

O tribunal aplicou a lei de falências de 1945 (vigente desde 2005), permitindo a recuperação judicial da empresa.

Quando aconteceu a falência definitiva das redes Arapuã?

Foi então, em junho do ano de 2020, que uma empresa credora, juntamente com o Ministério Público de São Paulo, recorreram da decisão da falência pela segunda vez.

Nesse meio tempo, a Arapuã aprovou um plano de recuperação judicial e alienou parte dos seus bens para o pagamento de parte das dívidas. Inclusive, ela chegou a afirmar que pagou alguns credores e dívidas trabalhistas.

Lojas Arapuã (Foto: Reprodução / Paulo Rubens Fonseca)

A Arapuã teve seu pedido de recuperação judicial negado pelo STJ em 2020, devido ao descumprimento de acordo anterior e à existência de falência.

Assim, os ministros do STJ decretaram, dessa vez definitivamente e pela segunda vez, a sua falência, por 4 votos a 1.

De acordo com a Folha de S.Paulo, a defesa da Arapuã não se manifestou, alegando possível recurso.

Apesar disso, é bom deixar claro que o espaço permanece aberto caso a mesma ainda queira expor sua versão dos fatos.

Considerações finais:

Para saber mais sobre falências e crises que assolaram o país, clique aqui*.

Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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