Calote de 200M e terror de falência: Hospital nº1 afunda em Porto Alegre e desola idosos

Crise devastadora e falência: Hospital nº 1 de Porto Alegre sucumbe após se afundar com calote de R$200M e deixa idosos em choque
Um dos hospitais mais renomados e tradicionais de Porto Alegre, reconhecido como o número um na cidade, enfrenta um desfecho trágico após 153 anos de dedicação à saúde.
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Sua trajetória, marcada por excelência e compromisso, acabou sendo marcada também pelo terror da falência e calotes milionários, deixando milhares de idosos profundamente abalados, já que eram os principais beneficiários de seus serviços essenciais.
Trata-se da Beneficência Portuguesa de Porto Alegre, instituição de grande relevância histórica e social no Rio Grande do Sul.
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Criada ainda em 1867, seu principal objetivo era oferecer atendimento de saúde e assistência à comunidade luso-brasileira.

Ao longo de mais de um século de funcionamento, desempenhou um papel fundamental na evolução dos serviços hospitalares na região, mas acabou enfrentando dificuldades financeiras que levaram ao seu fechamento e, posteriormente, à sua declaração de insolvência pela Justiça.
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Para entender melhor, a equipe especializada em economia e serviços do TV Foco, traz abaixo a ordem exata do desenrolar desses fatos, a partir de informações nos portais Correio do Povo, GZH e Wiki.
Origem e fundação (1867)
Conforme dito acima, a instituição é a mais tradicional da região. Fundada ainda em 1867, o hospital surgiu de uma ideia de um grupo de imigrantes portugueses, os quais buscavam criar uma estrutura a fim de atender seus compatriotas e a população local:
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Inspirada em modelos similares existentes em outras capitais brasileiras, como a Beneficência Portuguesa de São Paulo e do Rio de Janeiro, a entidade logo se tornou referência em atendimento hospitalar.

No entanto, ao longo dos anos, a Beneficência Portuguesa cresceu e modernizou sua infraestrutura. Durante o século XX, o hospital investiu em:
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- Enfermarias bem equipadas;
- Ambulatórios;
- Setores especializados para diferentes tipos de tratamento.
Era reconhecido por sua excelência em diversas especialidades médicas e também por seu trabalho filantrópico, oferecendo atendimento gratuito a populações carentes.
Começou a ruir (Anos 2000)
Mas, apesar de todo seu prestígio e feitos históricos, a partir dos anos 2000, a instituição começou a ruir, ao enfrentar dificuldades financeiras crescentes devido ao:
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- Aumento dos custos operacionais;
- Dificuldades na gestão administrativa;
- Mudança nas políticas públicas de saúde.
Todos esses fatores impactaram diretamente sua sustentabilidade.
Apesar de tentativas de recuperação, incluindo parcerias e reestruturações, os problemas financeiros só se agravaram.
Encerramento das atividades (2017)
O colapso explodiu ainda em 2017, quando a crise atingiu seu ápice, levando ao encerramento das atividades hospitalares.
Na época, representantes da diretoria afirmaram que a crise era resultado de décadas de dificuldades financeiras, agravadas por problemas na gestão e falta de apoio governamental.
No entanto, não há registros públicos detalhados de discursos específicos sobre o fechamento, embora o espaço ainda siga em aberto, se a mesma desejar expor mais a respeito do ocorrido pela sua visão dos fatos.
Declaração de insolvência pela Justiça
Em 2018, ela passou a ser administrada pela Associação Beneficente São Miguel, que assumiu a responsabilidade de quitar as dívidas, que já estavam no valor de R$ 100 milhões.
Mas, a situação se tornou mais complexa, quando a mesma foi acusada de produzir mais dívidas, não cumprir os termos do contrato e deixar sem condições de funcionar o bloco cirúrgico, as salas de UTI, a farmácia e a cozinha.
Salários foram atrasados novamente, até que o caso foi levado à justiça, gerando assim uma polêmica pública.
Diante das dívidas acumuladas e da incapacidade de cumprir compromissos financeiros, a Justiça declarou a Beneficência Portuguesa de Porto Alegre insolvente, em fevereiro de 2024.
Para quem não sabe, insolvência se dá quando a Justiça entende que o estabelecimento ou órgão não tem mais capacidade de manter suas dívidas.
Esse efeito é bem similar a uma falência, no entanto, por esses moldes a empresa pode continuar a operação mesmo sem capacidade de pagamento das dívidas.
Na época, estimava-se um calote de mais de R$ 200 milhões, incluindo pendências trabalhistas, tributárias e com fornecedores.
Tentativa de leilão e suspensão judicial (2023-2024)
Em 2023, foi anunciado um leilão para a venda do imóvel, visando sanar dívidas da instituição.
No entanto, em abril de 2024, a Justiça suspendeu o leilão devido a questionamentos sobre a destinação dos recursos e sobre o valor do patrimônio.
A decisão gerou debates sobre o futuro do prédio e a melhor maneira de preservar seu legado.
Mas, o que aconteceu com o prédio da Beneficência Portuguesa de Porto Alegre?
Atualmente, em 2025, o prédio da antiga Beneficência Portuguesa continua sem uma definição clara sobre seu destino.
O administrador judicial do hospital informou que a estrutura está sucateada e equipamentos foram transferidos.
Além disso, diferentes grupos discutem possíveis usos para o espaço, incluindo propostas para transformação em um centro de saúde ou em um espaço cultural, mas ainda não há uma decisão final.

Mas, apesar do encerramento de suas atividades, a história da Beneficência Portuguesa de Porto Alegre permanece viva na memória da cidade.
Seu impacto no setor da saúde e a contribuição para o bem-estar da população são reconhecidos até os dias de hoje.
Inclusive, muitos profissionais formados na instituição continuaram a atuar na área da saúde, perpetuando sua influência no setor.
Conclusões:
Em suma, o Hospital Beneficência Portuguesa de Porto Alegre, tradicional e renomado, encerrou suas atividades devido a dificuldades financeiras e dívidas acumuladas.
Fundado em 1867, o hospital enfrentou o aumento dos custos, má gestão e mudanças nas políticas de saúde, culminando na declaração de insolvência em 2022.
Atualmente, o prédio enfrenta um futuro incerto, com debates sobre seu destino e possíveis usos futuros, enquanto seu legado na saúde da cidade permanece vivo.
Mas, para saber mais sobre outros casos de falências e crises envolvendo o setor da saúde, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.