O apresentador do SBT Carlos Alberto de Nóbrega foi entrevistado pela jornalista Leda Nagle em vídeo publicado nesta quinta-feira (01).

O artista falou sobre infância e começo de carreira. “Eu sempre fui mal aluno, repeti três vezes. Sou advogado e tenho pós graduação em administração de empresa. Mas eu não queria saber de estudo com 15 anos. Aos 17 anos, eu fui falar com ele: ‘Olha pai, eu quero estudar de noite para trabalhar de dia no rádio’. Olha, o mundo quase caiu em cima de mim, porque ele reclamava como que um gago vai trabalhar no rádio. Eu disse: ‘Eu vou ficar bom porque eu quero trabalhar’”, revelou.

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Além disso, ele relembrou os incêndios na Record e disse que foram intencionais. “Passei fases tristes com o incêndio da Record. As emissoras eram incendiadas, né? Na Record foi [incêndio criminoso]. Tanto é que o Fleury [delegado torturador da Ditadura Militar] que passou a fazer a segurança da Record. Aí parou. A emissora perdeu tudo. Família Trapo só tem uma [fita]. Não tem nenhuma Praça da Alegria”, comentou.

Aos 81 anos, o apresentador explicou como lida com outras gerações. “Esse negócio de geração é muito difícil. Sabe qual meu guru? Meu filho de 17 anos que me ensina. Senão eu fico velho. E palavrão, Leda? Imagina se eu ia falar palavrão na frente de minha mãe. Para mim é um choque! Porque eu abro a porta para uma mulher, ofereço meu lugar, não digo palavrão. Sou um cara do passado, mas eu não quero ter essa imagem”, relatou.

Sobre a atual fase da Praça é Nossa, ele é enfático: “Eu procurei apagar tudo que lembre a Praça da Alegria. Enquanto eles estavam vivos mantive até o último dia de vida. Mas tem que ter coisa nova”.

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