Cervejaria popular como a Heineken tem fim amargo e joga tudo para o alto com medo de falência em país

Da glória ao chão: Descubra como uma cervejaria tão popular quanto uma Heineken foi derrubada pela crise em país e os impactos do colapso
E um verdadeiro ícone da indústria cervejeira norte-americana, após conquistar uma popularidade tão expressiva quanto da queridinha Heineken, acabou tendo um fim amargo após jogar tudo para o alto com medo de enfrentar uma falência nos Estados Unidos.
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Trata-se da cervejaria Stroh Brewery Company Detroit, marca que construiu um império familiar de quase 150 anos, resistindo a revoluções, guerras e à própria Lei Seca.
No entanto, em 2000, a empresa histórica sucumbiu à pressão do mercado e à sombra da falência, encerrou uma trajetória de inovação, expansão e resistência.
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Sendo assim, a partir de informações divulgadas pelo portal Wiki e CNN Money, a equipe especializada em economia do TV Foco traz abaixo o parâmetro da situação e o que sobrou dessa marca tão significativa e histórica para os amantes de cerveja.

Um leão de Detroit:
A história da Stroh começou ainda no século XVIII, quando a família fabricava cerveja artesanal em Kirn, na Alemanha.
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- Em 1849, Bernhard Stroh migrou para os Estados Unidos, fugindo da instabilidade política europeia. Em Detroit, abriu sua cervejaria em 1850, aos 28 anos.
- Com espírito empreendedor, Bernhard rapidamente se destacou ao produzir uma pilsner boêmia de alta qualidade, vendida de porta em porta em um carrinho de mão.
- Em 1865, expandiu as operações e adotou como símbolo o leão do Castelo de Kyrburg, eternizando o brasão nos rótulos da marca.
A década seguinte viu a empresa crescer com a introdução da pasteurização e dos vagões refrigerados, permitindo à Stroh alcançar mercados como a Flórida e Massachusetts.

Fazendo o nome:
Mas, a sua consagração veio mesmo em 1893, quando a Stroh Bohemian Lager conquistou a cobiçada fita azul na Exposição Colombiana Mundial, superando concorrentes históricos.
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Em 1902, a empresa oficializou o nome The Stroh Brewery Company, refletindo a solidez da marca.
Apesar da força no mercado, a Lei Seca entre 1920 e 1933 forçou uma adaptação radical, uma vez que forçou a Stroh a sobreviver fabricando:
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- Cervejas sem álcool;
- Refrigerantes;
- E até mesmo com sorvetes — um produto que continuou em sua linha de negócios mesmo após a volta da produção alcoólica.
Veja a imagem abaixo:

Um sonho nacional
Após a Segunda Guerra Mundial, a Stroh apostou agressivamente na expansão.
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Em 1964, adquiriu a Goebel Brewing Company e, nos anos 70, rompeu tradições familiares ao adotar práticas de marketing nacional, deixando para trás o modelo de negócio regional.
Já em 1981, a compra da F. & M. Schaefer Brewing Company levou a Stroh a ampliar sua rede de distribuição para 28 estados.
Por fim, a aquisição da Schlitz Brewing Company, em 1982, coroou a Stroh como a terceira maior cervejaria dos Estados Unidos, com sete fábricas e um valor de mercado estimado em US$ 700 milhões.
Endividamento e derrocada:
O crescimento vertiginoso, porém, veio à custa de dívidas pesadas. A Stroh, embora mais visível, tornou-se vulnerável em um mercado cada vez mais competitivo, dominado por gigantes como Anheuser-Busch e Miller.
Tentativas de diversificação, como o desenvolvimento de bebidas alternativas (White Mountain Cooler e Sundance), e apostas em cervejas especiais não conseguiram reverter a queda nas vendas.
O fechamento da fábrica histórica de Detroit, anunciado em 1985, simbolizou o início do declínio inevitável.
Na década de 90, a situação agravou. Isso porque, mesmo com as vendas internacionais crescendo brevemente, os lucros não foram suficientes para compensar a queda doméstica.
A compra da G. Heileman Brewing Company, em 1996, trouxe 30 novas marcas, incluindo o Colt 45, mas também aumentou o endividamento da Stroh a níveis insustentáveis.
Desfragmentando a Stroh:
Fatalmente, no dia 8 de fevereiro de 1999, a Stroh Brewery anunciou a venda de todas as suas marcas à Pabst Brewing Company e à Miller Brewing Company.
Sem alternativas viáveis, e com medo de não resistir à uma falência, a tradicional fabricante deu adeus à sua história como empresa independente.
Essa dissolução ocorrida nos anos 2000 marcou o fim amargo de uma dinastia que resistira por quase 150 anos.
De acordo com a CNN Money, à época, o presidente da Stroh Brewery, William Henry, emitiu o seguinte comunicado:
“Embora a decisão de encerrar a tradição cervejeira de 149 anos da Stroh não tenha sido fácil, a Miller e a Pabst apresentaram uma oferta que acreditamos ser do melhor interesse de nossos proprietários”. – Iniciou ele que continuou:
“Além disso, acreditamos que, como resultado dessas transações, a Miller e a Pabst fortalecerão seus respectivos negócios e estarão melhor posicionadas para sustentar as marcas a longo prazo.” – Finalizou.
O que aconteceu com as marcas da Stroh?
As marcas mais icônicas da Stroh, como Schlitz, Old Milwaukee e Lone Star, foram absorvidas por novos donos e seguem produzidas até hoje, principalmente pela Pabst.
No Canadá, os direitos da Stroh passaram à Sleeman Breweries.
Já a marca original Stroh’s, embora esporadicamente ressuscitada com novos lançamentos locais, jamais recuperou o seu prestígio nacional que um dia teve. Mas, para saber sobre mais falências e casos parecidos como esse, clique aqui. *

Conclusão:
Em suma, a saga da Stroh Brewery Company revela como mesmo os impérios mais sólidos podem ruir diante da combinação de dívidas excessivas e concorrência implacável.
Sua história é, ao mesmo tempo, um tributo ao espírito empreendedor e um alerta sobre os riscos de crescer sem equilíbrio.
Entre leões, rótulos premiados e fábricas demolidas, resta uma certeza: a Stroh deixou uma marca indelével na história da cerveja americana.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.