Os autores de “Babilônia” não se intimidaram com a baixa audiência da novela e os boicotes que a trama das nove vem sofrendo, por causa do excesso de personagens gays. Prova disso é que foi escalado um novo ator para interpretar o par romântico de Ivan (Marcello Melo).
Inicialmente, esse posto era do personagem de Carlos Alberto (Marcos Pasquim), mas por conta das reviravoltas, ele acabou “deixando de ser gay” e passando para outro núcleo da história. Ivan ficou sem um par e agora, um irmão de Carlos entra na história para esse posto.
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Quem vai interpretar esse novo personagem gay é o ator Claudio Lins, que está longe da Globo desde 2002, quando atuou em “Sabor da Paixão”. Após uma longa passagem pelo SBT, ele retorna para a teledramaturgia da emissora carioca. Seu personagem será Sérgio.
“Elas [mulheres] tinham tesão pelo Pasquim e lamentaram o fato de ele ser gay na novela. Fiquei com pena das mulheres e botei ele para ser hétero”, disse o autor Gilberto Braga sobre a mudança repentina do personagem. Em entrevista, Claudio também falou sobre o assunto.
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Ele lamentou a mudança no roteiro em relação ao papel de Pasquim. “É uma pena, porque assim como aquele vilão que não tem cara de vilão, acho instigante você ter um gay que você olha e fala: ‘Nossa, que ‘latin lover’. O mais surpreendente seria isso”, comenta o ator.
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“O rapaz que não tem cara, que é o galã, ser gay. É uma pena que o grupo de discussão não tenha percebido isso, tenha ficado preso… por outro lado, que bom, porque aí me chamaram [risos]”, opinou o ator, que acredita que o choque será menor em relação a ele.
“Eu e o Pasquim temos perfis diferentes frente ao público, apesar de a gente ocupar mais ou menos a mesma função nas histórias. Acho que a construção da carreira dele com as pessoas tenha sido diferente em relação a minha. Talvez eu seja um galã mais humano”, afirma.
“Não sou o bonitão, fortão, nunca fiz esses tipos. Sempre fui o mocinho humano, rosto e corpo comuns. Acho que as pessoas me veem como um galã comum [risos]”, confessa Lins, que não teme sofrer rejeição por parte dos telespectadores, já que fez outros papéis como gay.
“Depende do que virá, de como o personagem será, ainda tenho poucas informações. Mas não tenho medo. Acredito que se não tivéssemos internet, essa polêmica seria do tamanho que costumava ter no passado ou até menor”, explica o ator.
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“Boa parcela da população brasileira evoluiu em relação a essa questão, mas a internet faz as coisas aumentarem muito. Quem vai para web não é para falar bem, mas para falar mal. Lá é um bom escoador de demônios”, disse o ator, que não vê problema no beijo gay.